Diante da tragédia humanitária na Terra Indígena Yanomami, com as consequências do garimpo ilegal, o assessor da Comissão de Bioética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Otávio Juliano Almeida, reforçou os posicionamentos dos bispos na defesa da vida dos povos indígenas. Ele foi um dos entrevistados na matéria especial do America Magazine, uma revista dos Jesuítas nos Estados Unidos.
Padre Otávio disse que as preocupações da Igreja com a dizimação em curso das comunidades Yanomami devem ser entendidas como uma questão pró-vida.
“O papel da Igreja é sempre, como desde Jesus, de denúncia das injustiças contra os mais vulneráveis, mas também de anúncio do Reino de Deus. Como sabemos, trata-se de anunciar a vida em plenitude”, disse o padre Almeida.
A matéria também cita a nota da Comissão de Bioética da Conferência Episcopal. No texto, a afirmação de que, diante de sua “inegociável defesa, promoção e cuidado da vida, desde a concepção até seu fim natural”, é preciso expressar “indignação e tristeza” diante da situação das aldeias Yanomami.