Francisco disse que a Palavra de Deus ensina a diferenciar entre o pecado e o pecador. “Entre o comportamento do fariseu e o da pecadora, o Senhor escolhe a mulher. Livre de preconceitos que impeçam a misericórdia de se expressar, o Mestre deixa que ela faça o que lhe diz o coração: Ele Se deixa tocar por ela, sem medo de ser contaminado. Jesus é livre, porque está próximo de Deus. E esta proximidade ao Pai Misericordioso, dá a Cristo a liberdade”, afirmou.
“Em Jesus, habita a força da misericórdia de Deus, capaz de transformar os corações”.
O Papa afirmou que os homens e mulheres devem saber reconhecer o seu pecado e que “tem necessidade de médico” para alcançar a cura e enfatizou o que é importante entender desse episódio.
“Com o pecado, não devemos descer a compromissos, ao passo que os pecadores – isto é, nós todos – são como doentes que necessitam de ser curados e, para isso, o médico precisa de se encontrar com eles, visitá-los, tocá-los. É claro que o doente, para ser curado, tem de reconhecer que tem necessidade do médico. Ouvimos narrar o caso daquela mulher pecadora que veio chorar seus pecados aos pés de Jesus, quando Ele Se encontrava à mesa em casa de um fariseu chamado Simão. Este, embora tenha convidado Jesus, não se quer comprometer nem arriscar a reputação com o Mestre, enquanto a mulher se confia plenamente a Jesus com amor e veneração”, afirmou.
Jesus então deixa a mulher tocá-lo sem medo de ficar contaminado e a livra de seus pecados: ‘Os teus pecados estão perdoados’. “Em Jesus, habita a força da misericórdia de Deus, capaz de transformar os corações”, acrescentou o Pontífice.
“Queridos irmãos, devemos agradecer ao Senhor pelo seu amor tão grande e imerecido! Deixemos que o amor de Cristo se espalhe sobre nós” e, assim, poderemos “comunicar aos outros a misericórdia do Senhor”, rezou Francisco ao finalizar a sua reflexão.
Equador e Chernobyl
O Pontífice manifestou ao final da catequese sua proximidade e oração à população do Equador, que vivem “um momento de dor” depois do terromoto que devastou o país. Francisco saudou também um grupo oriundo da Ucrânia e de Belarus, presente na Praça para recordar os 30 anos da tragédia de Chernobyl. “Enquanto renovamos a oração pelas vítimas daquele desastre, expressamos nosso reconhecimento aos socorredores e por todas as iniciativas com as quais se buscou aliviar os sofrimentos e os danos”, disse.
Com informações da Rádio Vaticano.