Cerca de 9,4% dos lares brasileiros (ou 7,4 milhões de famílias) ainda sofrem com a insegurança alimentar moderada ou grave no Brasil. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim de abril. No total, são 20,6 milhões de pessoas que não fazem as principais refeições todos os dias.
A pesquisa fez um questionário sobre a situação alimentar do domicílio nos 90 dias que antecederam a entrevista. A partir daí, a residência é classificada em três níveis (leve, moderada e grave) de segurança alimentar e demonstra que aquela família teve acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente.
O resultado mostra que insegurança alimentar moderada atinge 4,2 milhões de famílias (11,9 milhões de pessoas) e demonstra redução na quantidade de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos. Já a situação grave, que representa uma redução quantitativa de comida e ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças. São 3,2 milhões de famílias, ou 8,7 milhões de pessoas, que se encontram nesse cenário.
Por fim, o grau leve afeta 14,3 milhões de famílias (43,6 milhões de pessoas) e significa que há preocupação ou incerteza em relação aos alimentos no futuro, além de consumo de comida com qualidade inadequada de forma a não comprometer a quantidade de alimentos.
*Com informações do IBGE