No último domingo (27), durante a celebração da Festa da Divina Misericórdia, a Arquidiocese de Fortaleza acolheu o Encontro de Bloco I da Pastoral Familiar do Regional Nordeste 1 (Ceará). O evento reuniu agentes e representantes das dioceses de Fortaleza, Itapipoca e Quixadá e foi marcado por momentos de espiritualidade, formação e partilha de experiências.
O encontro começou com uma oração especial pelo Papa Francisco, cuja memória esteve presente em toda a programação. O padre Robério Martins, assessor eclesiástico do regional, destacou a homilia do cardeal Giovanni Battista no funeral do pontífice, que comparou a Igreja a um “hospital de campanha”, chamada a curar as feridas do mundo contemporâneo com compaixão e proximidade.
A primeira palestra, conduzida pelo seminarista Pedro Kaian (OFM), abordou o Jubileu de 2025, destacando o tema “Peregrinos na Esperança”. Kaian ressaltou a necessidade de redescobrir as raízes da fé cristã diante dos desafios atuais, como guerras, crises sociais e perda de sentido.
Na segunda palestra, o casal Fábio e Márcia abordou a fase remota do Setor Pré-Matrimonial, enfatizando a importância de acompanhar crianças e adolescentes desde cedo, especialmente frente aos desafios do mundo digital. Foram apresentados materiais de formação voltados para os jovens e alertado para os riscos emocionais e sociais decorrentes da falta de diálogo familiar.
Durante o momento de partilha, a Arquidiocese de Fortaleza, representada pelo casal arquidiocesano Ednardo e Marluce, relatou avanços e desafios da Pastoral Familiar em suas 150 paróquias. Eles destacaram o fortalecimento da formação contínua dos agentes e a implementação do Itinerário Vivencial de Acompanhamento Personalizado para Sacramento do Matrimônio.
Já nas dioceses de Itapipoca e Quixadá, foi apontada a necessidade de maior apoio paroquial e fortalecimento da atuação pastoral, especialmente em áreas com ausência de liderança.
O evento foi encerrado com uma palestra do padre Henrique sobre o Processo Canônico de Nulidade Matrimonial. Ele explicou que a maior parte dos casos nos Tribunais Eclesiásticos hoje envolve situações de separação e divórcio. O sacerdote reforçou o papel da Pastoral Familiar como porta de entrada para acolher e orientar fiéis em situação irregular, ajudando-os a buscar reconciliação com a Igreja.
O encontro reafirmou o compromisso da Pastoral Familiar com a missão de evangelizar, formar e acolher, em sintonia com os ensinamentos da Igreja e os desafios do mundo atual.