Neste Dia Internacional das Mulheres, celebrado neste sábado (8), o Portal Vida e Família relembra algumas frases do Papa Francisco sobre o papel fundamental delas para a Igreja Católica e destaca a atuação de algumas delas que ofertaram até suas próprias vidas. Seja por meio da maternidade, da castidade, como doutoras ou a serviço dos irmãos, cada uma delas desempenhou o projeto de Deus.
Papa Francisco
“No Dia Internacional da Mulher, penso em todas as mulheres: agradeço-lhes por seu compromisso em construir uma sociedade mais humana, por meio da sua capacidade de compreender a realidade com um olhar criativo e um coração terno. Esse é um privilégio exclusivo das mulheres! Uma bênção especial para todas as mulheres da Praça. E uma salva de palmas às mulheres! Elas merecem!”
(Audiência Geral, 8 de março de 2023)
“Neste relance sobre a realidade, desejo salientar que, apesar das melhorias notáveis registadas no reconhecimento dos direitos da mulher e na sua participação no espaço público, ainda há muito que avançar nalguns países. Não se acabou ainda de erradicar costumes inaceitáveis; destaco a violência vergonhosa que, às vezes, se exerce sobre as mulheres, os maus-tratos familiares e várias formas de escravidão, que não constituem um sinal de força masculina, mas uma covarde degradação. A violência verbal, física e sexual, perpetrada contra as mulheres nalguns casais, contradiz a própria natureza da união conjugal. […] A idêntica dignidade entre o homem e a mulher impele a alegrar-nos com a superação de velhas formas de discriminação e o desenvolvimento dum estilo de reciprocidade dentro das famílias. Se aparecem formas de feminismo que não podemos considerar adequadas, de igual modo admiramos a obra do Espírito no reconhecimento mais claro da dignidade da mulher e dos seus direitos.”
(Amoris Laetitia, 54)
“As primeiras testemunhas da Ressurreição são as mulheres. E isto é bonito. Esta é um pouco a missão das mulheres: mães e mulheres! Dar testemunho aos filhos e aos pequenos netos, de que Jesus está vivo, é o Vivente, ressuscitou. Mães e mulheres, ide em frente com este testemunho! Para Deus o que conta é o coração, quanto estamos abertos a Ele, se somos filhos que confiam. Isto leva-nos a meditar inclusive sobre o modo como as mulheres, na Igreja e no caminho de fé, tiveram e ainda hoje desempenham um papel especial na abertura das portas ao Senhor, no seu seguimento e na comunicação do seu Rosto, pois o olhar de fé tem sempre necessidade do olhar simples e profundo do amor”.
(3 de março de 2013, Audiência Geral)
“Eu gostaria de ressaltar que a mulher tem uma sensibilidade particular pelas ‘coisas de Deus’, sobretudo para nos ajudar a compreender a misericórdia, a ternura e o amor que Deus tem por nós. Gosto de pensar também que a Igreja não é ‘o’ Igreja, mas ‘a’ Igreja. A Igreja é mulher, é mãe, e isto é bonito. Deveis pensar e aprofundar isto”.
(12 de outubro de 2013, aos participantes do Seminário sobre a Carta Apostólica Mulieris Dignitatem, de João Paulo II)
Mulheres exemplos de amor e de fé
Virgem Maria
Ao responder ao anjo Gabriel, “Faça-se se em mim, segundo a tua palavra”, a Virgem Maria nos possibilitou sermos co-herdeiros do reino dos céus. No primeiro milagre de Jesus nas bodas de Caná, na hora da Cruz e até na instituição da Igreja no dia de Pentecostes, ela estava presente. Um exemplo de doação que sempre nos mostra que o outro é Cristo.
Santa Perpétua e Felicidade
Celebradas na sexta-feira (7), as santas mulheres sofreram o martírio no ano de 203. Felicidade era escrava e Perpétua, era nova e de posição na sociedade. A primeira estava grávida de oito meses, e a segunda tinha uma criança de peito.
Perpétua levou o filho para o cárcere, mas logo os dois foram separados. “Deus permitiu que ele não voltasse a pedir o peito e que ela não fosse mais atormentada com o leite”, escreveu Perpétua no diário que foi fazendo até o dia da sua morte.
Felicidade, por sua vez, receava que, devido à gravidez, não lhe permitissem morrer com Felicidade. Mas, três dias antes dos espetáculos públicos, deu à luz. Como as dores do parto lhe arrancassem gritos, um dos carcereiros observou-lhe: “Se tu te lamentas já dessa maneira, que será quando fores lançada às feras?”. “Hoje, sou eu que sofro, respondeu a escrava; nesse dia, sofrerá por mim Aquele por quem eu sofro”. Ela deu à luz uma menina que foi adotada por uma mulher cristã.
Primeiro, envolveram-nas numa rede e entregaram-nas às arremetidas duma vaca furiosa. Em seguida, sofreram o golpe de um gladiador.
Santa Gianna Beretta Molla
Santa Giana (1922-1962) lutou a favor da vida. Ao descobrir um câncer, decidiu continuar com a gravidez de seu quarto filho, em vez submeter-se a um aborto, como lhe sugeriam os médicos para salvar sua vida. Era médica e se especializou em pediatria. Seu trabalho com os doentes se resumia na seguinte frase: “Como o sacerdote toca Jesus, assim nós, os médicos, tocamos Jesus nos corpos de nossos pacientes”.
Durante toda sua vida, conseguiu equilibrar seu trabalho com sua missão de mãe de família. Morreu aos 39 anos, uma semana depois de ter dado à luz. Foi canonizada em 2004 pelo Papa João Paulo II, que a tornou padroeira da defesa da vida.
Santa Teresa de Calcutá
O testemunho de Santa Teresa de Calcutá (1910-1997) de servir a Cristo nos “mais pobres entre os pobres” a fez ser ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1979. Em sua canonização em outubro de 2016, o Papa Francisco disse que “Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados. Comprometeu-se na defesa da vida, proclamando incessantemente que ‘quem ainda não nasceu é o mais fraco, o menor, o mais miserável’”.
Santa Catarina de Sena
Santa Catarina de Sena (1347-1380) é considerada doutora da Igreja. Ela foi responsável pela volta do Santo Padre para Roma, e sempre teve um grande amor pelos sacerdotes. Diante de um possível cisma na Igreja, enviou cartas aos cardeais pressionando-os a reconhecer o autêntico Pontífice. A santa também escreveu aos reis da França e Hungria para que deixassem o cisma.
Santa Teresa de Jesus
Com a aparição do protestantismo, a Igreja se dividiu e foi realizado o Concílio de Trento. Estes são os anos de Santa Teresa de Jesus (1515-1582), religiosa contemplativa que marcou a Igreja com sua reforma carmelita. Apesar de ter sido incompreendida, seu amor a Deus a impulsionou a fundar novos conventos e a optar por uma vida mais austera, sem vaidades, nem luxos. Também é doutora da Igreja.
Santa Teresa de Lisieux
É fruto do amor dos santos esposos Louis Martin e Zélia Guérin, canonizados em outubro de 2015. Santa Teresa de Lisieux (1873-1897) é doutora da Igreja e padroeira universal das missões. Ela viveu somente 24 anos. Um ano depois de sua morte, a partir de seus escritos, foi publicado o livro “História de uma alma”, que conquistou o mundo porque deu a conhecer o quanto a religiosa tinha amado Jesus.