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Educar para a esperança cristã: a catequese na família, com a família e da família.*

por Dom Bruno Elizeu Versari

13/09/2025
em Família, Noticias
Tempo de leitura: 15 mins leitura
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Educar para a esperança cristã: a catequese na família, com a família e da família.*

*Conferência proferida no dia 13 de setembro de 2025, no XVII Congresso Nacional da Pastoral Familiar.

Ao criar o homem e a mulher, Deus os criou para o amor:

Deus criou o homem a sua imagem e semelhança (Gn 1,16ss) chamando-o à existência por amor, chamou-o ao mesmo tempo ao amor (Exortação Apostólica 100, n° 11) (“A Missão da Família Cristã no Mundo de Hoje”, escrita pelo Papa João Paulo II e publicada em 1988). Assim Deus inscreve na humanidade do homem e da mulher a vocação, e, deste modo, a capacidade e a responsabilidade do amor e da comunhão. O amor é, portanto, a fundamental e originária vocação do ser humano.

O amor do esposo e da esposa deve ser a reflexo do amor de Deus. Assim deve sentir os filhos quando os pais ensinam que Deus é amor (1Jo 4,8). O testemunho de amor é a melhor catequese para os filhos. Com o matrimônio os pais recebem de Deus uma grande responsabilidade. Dar visibilidade ao amor de Deus para os filhos e os que vivem ao seu redor. Como podemos ver na carta de São Paulo ao Efésios 3,15. “O amor paternal é chamado a tornar-se para os filhos o sinal visível do próprio amor de Deus de onde deriva toda a paternidade no céu e na terra”.

Os esposos são, portanto, para igreja o chamamento permanente daquilo que aconteceu sobre a cruz; são um para o outro, e para os filhos, testemunhas da salvação doa qual o sacramento os faz participar. Deste acontecimento de salvação, o matrimônio, como cada sacramento, é memorial, atualização e profecia: “Enquanto memorial, o sacramento dá-lhes a graça e o dever de recordar as grandes obras de Deus e de as testemunhar aos filhos; enquanto atualização, dá-lhes a graça e o dever de realizar no presente um para o outro e para os filhos, às exigências de um amor que perdoa e que redime; enquanto prefácio, dá-lhes a graça e o dever de viver e de testemunhar a esperança do futuro encontro com Cristo (Exortação Apostólica 100, n°13). E quando os filhos crescem no ambiente familiar e ali aprendem os valores da fé e da confiança aprenderão a conhecer um Deus que é misericordioso, compassivo e presente em suas vidas.

O sacramento do matrimônio confere a autoridade aos pais sobre os filhos e recebem da igreja a missão de conduzi-los na comunidade de fé e o poder de abençoá-los.

Todos os membros da família, cada um segundo o dom que lhe é peculiar, possuem a graça e a responsabilidade de construir, dia após dia, a comunhão de pessoas, fazendo da família uma “escola de humanismo mais completo e mais rico” (Gaudiun et spes, 52): é o que vemos surgir com o cuidado e o amor para com os mais pequenos, os doentes e os anciãos; com o serviço recíproco de todos os dias; com a co-participação nos bens, nas alegrias e nos sofrimentos.

Um momento fundamental para construir uma comunhão semelhante é constituído pelo intercâmbio educativo entre pais e filhos, no qual cada um deles dá e recebe. Mediante o amor, o respeito, a obediência aos pais, os filhos dão o seu contributo específico e insubstituível para a edificação de uma família autenticamente humana e cristã. Isso ser-lhes-á facilitado se os pais exercerem a sua autoridade irrenunciável como um “ministério” verdadeiro e pessoal, ou seja, como um serviço ordenado ao bem humano e cristão dos filhos, ordenado particularmente a proporcionar-lhes uma liberdade verdadeiramente responsável; e se os pais mantiverem viva a consciência do “dom” que recebem continuamente dos filhos.

Na família, comunidade de pessoas, deve-se reservar especial atenção à criança, desenvolvendo uma estima profunda pela sua dignidade pessoal como também um grande respeito e generoso serviço pelos seus direitos. Isto vale para cada criança, mas adquire urgência especial quanto mais pequena e desprovida, doente, sofredora ou carente for a criança.

Solicitando e vivendo um cuidado terno e forte em relação a cada criança que vem a este mundo, a Igreja cumpre uma missão fundamental: revelar e repetir na história o exemplo e o mandamento de Cristo que quis pôr a criança em destaque no Reino de Deus: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais pois deles é o Reino de Deus” (Lc 18,16).

Dever dos pais de educar

O dever de educar mergulha as raízes na vocação primordial dos cônjuges à participação na obra criadora de Deus: gerando no amor e por amor uma nova pessoa, que traz em si a vocação ao crescimento e ao desenvolvimento, os pais assumem, por isso mesmo, o dever de ajudar eficazmente a viver uma vida plenamente humana. Como recordou o concílio Vaticano II: “Os pais, que transmitiram a vida aos filhos, têm uma gravíssima obrigação de educar a prole e, por isso, devem ser reconhecidos como seus primeiros e principais educadores. Esta função educativa é de tanto peso que, onde não existir, dificilmente poderá ser suprida. Com efeito, é dever dos pais criar um ambiente de tal modo animado pelo amor e pela piedade para com Deus e para com os homens que favoreça a completa educação pessoal e social dos filhos. A família é, portanto, a primeira escola das virtudes sociais que as sociedades têm necessidade.

Família, célula vital da sociedade

A família possui vínculos vitais e orgânicos com a sociedade, porque constitui o seu fundamento e alimento contínuo mediante o dever de serviço à vida: pois é da família que saem os cidadãos e na família encontram a primeira escola daquelas virtudes sociais que são a alma da vida e do desenvolvimento da mesma sociedade; assim por força de sua natureza e vocação, longe de fechar-se em si mesma, a família abre-se às outras famílias e à sociedade, assumindo a sua tarefa social.

A família no mistério da Igreja

Entre os deveres fundamentais da família cristã estabelece-se o dever eclesial: colocar-se a serviço da edificação do Reino de Deus na história, mediante a participação na vida e na missão da Igreja.

Para melhor compreender os fundamentos, os conteúdos e as características de tal participação, ocorre aprofundar os vínculos múltiplos e profundos que ligam entre si a Igreja e a família cristã, e constituem esta última como “uma Igreja em miniatura” (Ecclesia domestica) (LG n,11), fazendo com que esta, a seu modo, seja imagem viva e representação histórica do próprio mistério da Igreja.

É antes de tudo a Igreja Mãe que gera, educa, edifica a família cristã, operando em seu favor a missão de salvação que recebeu do Senhor. Com o anúncio da Palavra de Deus, a Igreja revela à família cristã a sua verdadeira identidade, o que ela é e deve ser segundo o desígnio do Senhor; com a celebração dos sacramentos, a Igreja enriquece e corrobora a família cristã com a graça de Cristo em ordem à sua santificação para a glória do Pai; com a renovada proclamação do mandamento novo da caridade, a Igreja anima e guia a família cristã ao serviço-amor, a fim de que imite e reviva o mesmo amor doação e sacrifício que o Senhor Jesus nutre pela humanidade inteira.

Por sua vez, a família cristã está inserida a tal ponto no mistério da Igreja que se torna participante, a seu modo, da missão de salvação própria da Igreja: os cônjuges e os pais cristãos, em virtude do sacramento, “têm assim, no estado de vida e na sua ordem, um dom próprio no Povo de Deus”. Por isso, não só “recebem” o amor de Cristo tornando-se comunidade “salva”, mas também são chamados a “transmitir” aos irmãos o mesmo amor de tornando-se assim comunidade “salvadora”. Deste modo, enquanto a família cristã é fruto e sinal de fecundidade sobrenatural da Igreja, torna-se símbolo, testemunho, participação da maternidade da Igreja.

Uma função eclesial

A família cristã é chamada a tomar parte viva e responsável na missão da Igreja de modo próprio e original, colocando-se a serviço da Igreja e da sociedade no seu ser e agir, enquanto comunidade íntima de vida e de amor.

Se a família cristã é comunidade, cujos vínculos são renovados por Cristo mediante a fé e os sacramentos, a sua participação na missão da Igreja deve dar-se segundo uma modalidade comunitária: conjuntamente, portanto, os cônjuges enquanto casal, os pais e os filhos quanto família, devem viver o seu serviço à Igreja e ao mundo. Devem ser na fé “um só coração e uma só alma através do espírito apostólico comum que os anima e mediante a colaboração que os empenha nas obras de serviço à comunidade eclesial e civil.

A família cristã, pois, edifica o Reino de Deus na história mediante aquelas mesmas realidades cotidianas que dizem respeito e contra distinguem a sua condição de vida: é, então, no amor conjugal e familiar – vivido na sua extraordinária riqueza de valores e exigências de totalidade, unicidade, fidelidade e fecundidade que se exprime e se realiza a participação da família cristã na missão profética, sacerdotal e real de Jesus Cristo e da sua Igreja: o amor e a vida constituem, portanto, o núcleo da missão salvífica da família cristã na Igreja e pela Igreja.

O Concílio Vaticano II recorda-o quando escreve: “Cada família comunicará generosamente às outras as próprias riquezas espirituais. Por isso, a família cristã, nascida de um matrimônio que é imagem e participação da aliança de amor entre Cristo e a Igreja, manifestará a todos a presença viva do Salvador no mundo e a autêntica natureza da Igreja, quer por meio do amor dos esposos, quer pela sua generosa fecundidade, unidade e fidelidade, quer pela amável cooperação de todos os seus membros” (Gaudium et spes, 48).

Posto assim o fundamento da participação da família cristã na missão eclesial, é agora o momento de ilustrar o seu conteúdo na tríplice e unitária referência a Jesus Cristo, Profeta, Sacerdote e Rei, apresentando por isso a família crista como: 1) Comunidade crente e evangelizadora; 2) Comunidade em diálogo com Deus; 3) Comunidade a serviço do homem e da Igreja.

1) A família cristã, comunidade crente e evangelizadora

A fé, descoberta e admiração do desígnio de Deus sobre a família

Participando da vida e da missão da Igreja, que está em religiosa escuta da Palavra de Deus e a proclama com firme confiança, a família cristã vive a sua tarefa profética acolhendo e anunciando a Palavra de Deus: torna-se, assim, cada dia mais comunidade crente e evangelizadora.

Também aos esposos e aos pais cristãos é pedida a obediência da fé: são chamados a acolher a Palavra do Senhor, que a eles revela a extraordinária novidade – a Boa-Nova – da sua vida conjugal e familiar, feita por Cristo santa e santificante. De fato, somente na fé eles podem descobrir e admirar com jubilosa gratidão a que dignidade Deus quis elevar o matrimônio e a família, constituindo-os sinal e lugar da aliança de amor entre Deus e os homens, entre Jesus Cristo e a Igreja, sua esposa.

A preparação para o matrimônio cristão é já qualificada como um itinerário de fé: põe-se, de fato, como ocasião privilegiada para que os noivos descubram e aprofundem a fé recebida no batismo e alimentada com a educação cristã. Desta forma, reconhecem e acolhem livremente a vocação de seguir o caminho de Cristo e de se pôr a serviço do Reino de Deus na vida matrimonial.

O momento fundamental da fé dos esposos é dado pela celebração do sacramento do matrimônio, que na sua natureza profunda é a proclamação, na Igreja, da Boa-Nova sobre o amor conjugal: é Palavra de Deus que “revela” e “cumpre” o sábio e amoroso projeto que Deus tem sobre os esposos, introduzidos na misteriosa e real participação do próprio amor de Deus pela humanidade. Se em si mesma a celebração sacramental do matrimônio é proclamação da Palavra de Deus, enquanto os noivos são, ao mesmo tempo, protagonistas e celebrantes, deve ser uma “profissão de fé” feita dentro da Igreja e com a Igreja, comunidade dos crentes.

Esta profissão de fé exige o seu prolongamento no decurso da vida dos esposos e da família; Deus que, de fato, chamou os esposos “ao” matrimônio, continua a chamá-los “no” matrimônio. Dentro e através dos fatos, dos problemas, das dificuldades, dos acontecimentos da existência de todos os dias, Deus vai-lhes revelando e propondo as “exigências” concretas da sua participação no amor de Cristo pela Igreja, em relação com a situação particular –  familiar, social e eclesial – na qual se encontram.

A descoberta e a obediência ao desígnio de Deus devem fazer-se “conjuntamente” pela comunidade conjugal e familiar, mediante a mesma experiência humana do amor do Espírito de Cristo vivido entre os esposos, entre os pais e os filhos.

Por isso, como a grande Igreja, assim também a pequena Igreja doméstica tem necessidade de ser contínua e intensamente evangelizada: daí, portanto, o seu dever de educação permanente na fé.

2) Comunidade em diálogo com Deus

  1. A) O ministério de evangelização da família cristã

À medida que a família cristã acolhe o Evangelho e amadurece na fé, torna-se comunidade evangelizadora. “A família, como a Igreja, deve ser um lugar onde se transmite o Evangelho e de onde o Evangelho se irradia. Portanto, no interior de uma família consciente desta missão, todos os componentes evangelizam e são evangelizados. Os pais não só comunicam aos filhos o Evangelho, mas podem também receber deles o mesmo Evangelho profundamente vivido. Essa família torna-se, então, evangelizadora de muitas outras famílias e do ambiente no qual está inserida”. (Evangelii nuntiandi, n° 71).

A família cristã, sobretudo hoje, tem uma especial vocação para ser testemunha da aliança pascal de Cristo, mediante a irradiação constante da alegria, do amor e da certeza da esperança, da qual deve tornar-se reflexo: “A família cristã proclama em alta voz as virtudes presentes do Reino de Deus e a esperança na vida bem-aventurada”.

A absoluta necessidade da catequese familiar surge com especial vigor em determinadas situações que infelizmente a Igreja experimenta em diversos lugares: “Onde uma legislação anti-religiosa pretende impedir até a educação na fé, onde uma incredulidade difundida ou um secularismo invasor tornam praticamente impossível um verdadeiro crescimento religioso, aquela que poderia ser chamada ‘Igreja doméstica’ fica como único ambiente, no qual crianças e jovens podem receber uma autêntica catequese”.

  1. B) A ministerialidade da família cristã

“A missão educativa da família cristã é verdadeira ministério, isto é, um serviço, por meio do qual se transmite e irradia o evangelho, até o ponto de que, na própria vida de família, se faz itinerário de fé e, em certo modo, iniciação cristã e seguimento dos seguidores de Cristo” (cf. FC 39).

A família cristã é chamada a viver as realidades cotidianas, a se santificar e a santificar a comunidade eclesial e o mundo. São aspectos relevantes:

  1. O sacramento do matrimônio é fonte e meio de diálogo da família com Deus;
  2. Os laços familiares são fortalecidos pela celebração da eucaristia e dos demais sacramentos. Consequentemente, o matrimônio e a família são santuários de oração e de culto a Deus, de modo que a prece familiar se caracteriza por ser “oração feita em comum, marido e mulher juntos, pais e filhos juntos” (cf. FC 59);
  3. Os pais têm o dever específico de educar seus filhos na oração, de introduzi-los, progressivamente, no descobrimento do mistério de Deus e no colóquio pessoal com Ele; e o farão, mediante o exemplo concreto e o testemunho de oração;
  4. A família cristã dedicará tempo específico para contato com a Palavra de Deus.

3) Comunidade a serviço do homem e da Igreja.

Um serviço à Igreja

O ministério de evangelização dos pais cristãos é original e insubstituível: assume as conotações típicas da vida familiar, entrelaçada como deveria ser com o amor, com a simplicidade, com o sentido do concreto e com o testemunho do cotidiano. A família deve formar os filhos para a vida, de modo que cada um realize plenamente o seu dever segundo a vocação recebida de Deus. De fato, a família que está aberta aos valores do transcendente, que serve os irmãos na alegria, que realiza com generosa fidelidade os seus deveres e tem consciência da sua participação cotidiana no mistério da Cruz gloriosa de Cristo, torna-se o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada ao Reino de Deus.

 

O ministério de evangelização e de catequese dos pais deve acompanhar também a vida dos filhos nos anos da adolescência e da juventude, quando estes, como muitas vezes acontece, contestam ou mesmo rejeitam a fé cristã recebida nos primeiros anos da vida. Como na Igreja a obra de evangelização nunca se separa do sofrimento do apóstolo, assim na família cristã os pais devem enfrentar com coragem e com grande serenidade de ânimo as dificuldades que o seu ministério de evangelização algumas vezes encontra nos próprios filhos.

Não se deverá esquecer de que o serviço dos cônjuges e pais cristãos a favor do Evangelho é essencialmente um serviço eclesial, isto é, reentra no contexto da Igreja inteira, qual comunidade evangelizada e evangelizadora.

Enquanto radicado e derivado da única missão da Igreja e enquanto ordenado à edificação do único Corpo de Cristo, o ministério de evangelização e de catequese da Igreja doméstica deve permanecer em comunhão intima e deve harmonizar-se responsavelmente com todos os outros serviços de evangelização e de catequese presentes e operantes na comunidade eclesial, quer diocesana quer paroquial.

 

Catequese na Família e os desafios do mundo

Educar para a Esperança Cristã – a catequese na família, com a família e da família

A educação dos filhos deve estar marcada por um percurso de transmissão da fé, que se vê dificultado pelo estilo de vida atual, pelos horários de trabalho, pela complexidade do mundo atual, onde muitos têm um ritmo frenético para poder sobreviver.

Apesar disso, a família deve continuar a ser lugar onde se ensina a perceber as razões e a beleza da fé, a rezar e a servir o próximo. Isto começa no batismo, no qual – como dizia Santo Agostinho – as mães que levam os seus filhos “cooperam no parto santo”. Depois, tem início o percurso de crescimento desta vida nova. A fé é dom de Deus, recebido no batismo, e não o resultado de uma ação humana; mas os pais são instrumentos de Deus para a sua maturação e desenvolvimento. Por isso, “é bonito quando as mães ensinam os filhos pequenos a enviar um beijo a Jesus ou a Nossa Senhora. Quanta ternura há nisto! Naquele momento, o coração das crianças transforma-se em lugar de oração” (Papa Francisco).

A transmissão da fé pressupõe que os pais vivam a experiência real de confiar em Deus, de procurá-Lo, de precisar d’Ele, porque só assim “uma geração conta à outra as tuas obras [de Deus] anunciando as tuas maravilhas” (Sl 145/144,4) e “cada pai contará a seus filhos teus gestos de amor sempre fiel” (Is 38,19). Isto requer que imploremos a ação de Deus nos corações, aonde não podemos chegar. O grão de mostarda, semente tão pequenina, transforma-se em um grande arbusto (cf. Mt 13,31-32), e, deste modo, reconhecemos a disposição entre a ação e o seu efeito. Sabemos, assim, que não somos proprietários do dom, mas seus solícitos administradores.

A educação na fé sabe adaptar-se a cada filho; porque os recursos aprendidos ou as receitas às vezes não funcionam. As crianças precisam de símbolos, gestos, narrações. Os adolescentes habitualmente entram em crise com a autoridade e com as normas, pelo que é conveniente estimular as suas experiências pessoais de fé e oferecer-lhes testemunhos luminosos que se imponham simplesmente pela sua beleza. Os pais, que querem acompanhar a fé dos seus filhos, estão atentos às suas mudanças, porque sabem que a experiência espiritual não se impõe, mas propõe-se a sua liberdade. É fundamental que os filhos vejam de maneira concreta que, para os seus pais, a oração é realmente importante. Por isso, os momentos de oração em família e as expressões da piedade popular podem ter mais força evangelizadora do que todas as catequeses e todos os discursos.

O exercício de transmitir aos filhos a fé, no sentido de facilitar a sua expressão e crescimento, permite que a família se torne evangelizadora e, espontaneamente, comece a transmiti-la a todos os que se aproximam dela e mesmo fora do próprio ambiente familiar. Os filhos que crescem em famílias missionárias, frequentemente tornam-se missionários, se os pais sabem viver esta tarefa de uma maneira tal que os outros os sintam vizinhos e amigos, de tal modo que os filhos cresçam neste estilo de relação com o mundo, sem renunciar à sua fé nem as suas convicções. Lembremo-nos de que o próprio Jesus comia e bebia com os pecadores (cf. Mc 2,16; Mt 11,19), podia deter-se a conversar com a Samaritana (cf. Jo 4,7-26) e receber de noite Nicodemos (cf. Jo 3,1-21), deixava ungir os seus pés por uma mulher prostituta (cf. Lc 7,36-50) e não hesitava em tocar os doentes (cf. Mc 1.40-45: 7,33).

A família constitui-se como protagonista da ação pastoral através do anúncio explícito do Evangelho e da herança de múltiplas formas de testemunho: a solidariedade para com os pobres, a abertura à diversidade das pessoas, a preservação da criação, a solidariedade moral e material para com as demais famílias, principalmente para com as mais necessitadas, o esforço pela promoção do bem comum, também mediante a transformação das estruturas sociais injustas, a partir do espaço no qual ela vive, pondo em prática as obras de misericórdia corporais e espirituais. Isto deve ser feito no contexto da convicção mais preciosa dos cristãos: O amor do Pai que nos sustenta e faz crescer, manifestado no dom total de Jesus Cristo, vivo no meio de nós, que nos torna capazes de enfrentar, unidos, todas as tempestades e todas as etapas da vida. E, no coração de cada família, deve ressoar também o querigma, a tempo e fora de tempo, para iluminar o caminho. Todos deveríamos poder dizer, a partir da vivência nas nossas famílias:

Para que a família seja missionária é fundamental o encontro com o Senhor

“Nós, que cremos, reconhecemos o amor que Deus tem para conosco” (1Jo 4,16). Só a partir desta experiência é que a pastoral familiar poderá conseguir que as famílias sejam simultaneamente igrejas domésticas e fermento evangelizador na sociedade. (AL n. 290).

 

Baixe aqui a apresenta da conferência em slide.

 

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