O bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, participa, nesta quinta-feira, 10 de dezembro, de uma mesa sobre “Direitos humanos e preservação da vida”. A atividade faz parte do webinário de comemoração dos 72 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, promovida pelas entidades signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil.
Além de dom Ricardo, serão os expositores da mesa o médico e especialista em saúde pública Paulo Buss, a ecologista e membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) Mercedes Bustamante e o líder indígena, ambientalista e membro fundador da Comissão Arns Ailton Krenak. A mediação será do jornalista Rubens Valente.
O evento terá início às 9h, com transmissão pelo canal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Youtube e retransmissão pelas redes sociais da CNBB e demais entidades parceiras do Pacto pela Vida e pelo Brasil.
Serão três mesas, ao longo da manhã, que debaterão aspectos dos direitos humanos à luz da realidade brasileira. A primeira, Direitos Humanos e a defesa da Democracia. Na sequência, Direitos humanos no combate à desigualdade e ao racismo. E, por fim, Direitos humanos e a preservação da vida, com participação de dom Ricardo Hoepers. Durante o evento, o jornalista Juca Kfouri será o mestre de cerimônias e o ator Tony Ramos fará a leitura de trechos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, também participa do evento.
O que é o Pacto pela Vida e pelo Brasil?
Lançado no início da pandemia do novo coronavírus, dia 7 de abril, o Pacto pela Vida e pelo Brasil tem como signatárias as organizações ABC, Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Comissão Arns, CNBB, OAB e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
O seu objetivo foi pressionar o Congresso Nacional e o governo Federal para assegurar que o Estado Brasileiro adotasse medidas políticas para garantir a saúde do povo, bem como da economia, tendo em vista o desenvolvimento integral do país, a preservação do emprego, renda e trabalho, incluindo ampliação do Bolsa Família e a Renda Básica Emergencial.
O Pacto também defendeu a criação do imposto sobre grandes fortunas, previsto na Constituição Federal; a liberação antecipada dos precatórios; a capitalização de pequenas e médias empresas; o estímulo à inovação; o remanejamento de verbas públicas para a saúde e o controle epidemiológico; o aporte de recursos emergenciais para o setor de ciência & tecnologia no enfrentamento da pandemia; e o incremento geral da economia.
No documento, as entidades reafirmaram a importância do SUS (Sistema Único de Saúde) como instrumento para garantir acesso universal a ações e serviços para recuperação, proteção e promoção da saúde e demandaram um aumento significativo do orçamento para o setor. No contexto da pandemia, o Pacto cobrou também que a condução da coisa pública seja pautada pela mais absoluta transparência, apoiada na melhor ciência e condicionada pelos princípios fundamentais da dignidade humana e da proteção da vida.