A Campanha da Fraternidade deste ano, com o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34), tem entre seus objetivos despertar as famílias para a beleza do amor que gera continuamente vida nova. Neste tempo quaresmal, a proposta é sair da alienação existencial causada pelo pecado e refletir, meditar e rezar a partir da realidade em que há perda de sentido da vida e falta de cuidado e compromisso com este dom de Deus.
A proposta que a Igreja apresenta resgata o que São João Paulo II ensina sobre a família, “lugar onde a vida, dom de Deus, pode ser convenientemente acolhida e protegida contra os múltiplos ataques a que está exposta” e onde é possível “desenvolver-se segundo as exigências de um crescimento humano autêntico”. A família, segundo São João Paulo II, tem papel determinante e insubstituível “para promover e construir a cultura da vida contra difusão de uma autocivilização destruidora” (Carta às famílias Gratissimam Sane, n. 13)
No texto base, a motivação é reafirmar o valor da família e organizar a Pastoral Familiar em “todos os lugares e ambientes”. Também promover e defender a vida, além de pretender valorizar, divulgar e fortalecer as inúmeras iniciativas já existentes em favor da vida.
Para os três setores da Pastoral Familiar são sugeridas ações práticas para fazer acontecer assim como o exemplo do Bom Samaritano ensina: ver, sentir compaixão e cuidar. “Um bom caminho de ação é valorizar, formar e potencializar todos os serviços pastorais em favor da família”, lê-se no texto-base.
Algumas sugestões:
- Cuidar melhor da preparação personalizada para os noivos com sensibilização para abertura à vida;
- Optar pela pedagogia da presença com o acompanhamento de gestantes;
- Oferecer apoio e suporte para as famílias na educação cristã e catequese familiar;
- Vivenciar e aprofundar os temas relacionados à vida na Semana Nacional da Família e na Semana Nacional da Vida;
- Criar programas de formação permanente nos grupos de reflexão em família com temas voltados ao cuidado da vida em todas as etapas;
- Ser presença junto às famílias que enfrentam problemas com filhos adolescentes;
- Acompanhar psico-afetivamente as famílias que têm situações persistentes de depressão;
- Visitas às famílias que passaram por experiência de violência ou perda de familiares;
- Cuidar dos viúvos e viúvas motivando grupos de apoio;
- incentivar as famílias a formarem associações para a defesa dos direitos das famílias;
Todas essas sugestões e outras ainda estão no texto-base da Campanha da Fraternidade 2020. Como a Pastoral Familiar em sua comunidade, paróquia ou diocese está vivendo o tempo quaresmal e a CF 2020?