Já está no ar o primeiro vídeo do ano com a intenção do Papa Francisco. Para janeiro, o Pontífice encoraja os fiéis a rezarem pelo dom da diversidade na Igreja. “reconhecer o dom dos diferentes carismas nas comunidades cristãs e a descobrir a riqueza das diferentes tradições rituais dentro da Igreja Católica”, diz.
“Não devemos ter medo da diversidade de carismas na Igreja”, diz o Santo Padre que reconhece a contribuição das Igrejas Orientais: “Têm as suas tradições próprias, ritos litúrgicos característicos, mas mantêm a unidade da fé. Reforçam-na, não a dividem”, afirmou.
Em comunhão com Roma, há numerosas Igrejas orientais, como são os católicos bizantinos, a Igreja Greco-católica ucraniana ou a Igreja Greco-melquita. Outros exemplos da diversidade de ritos no seio do catolicismo são a Igreja Siro-malabar e a Igreja Católica Siro-malancar, surgidas ambas na Índia; a Igreja Maronita, de origem libanesa; a Igreja Católica Copta, de origem egípcia; a Igreja Católica Armênia; a Igreja Caldeia, predominante no Iraque; assim como a Igreja Católica Etíope-Eritreia, entre outras.
“Se formos guiados pelo Espírito Santo, a riqueza, a variedade, a diversidade nunca provocam conflito. O Espírito recorda-nos que, acima de tudo, somos filhos amados de Deus. Todos iguais no amor de Deus e todos diferentes”, explica Francisco.
O Papa Francisco também lembrou que nas primeiras comunidades cristãs, diversidade e unidade estavam muito presentes. “Mais ainda. Para avançar no caminho da fé necessitamos também do diálogo ecumênico com os irmãos e irmãs de outras confissões e comunidades cristãs”, apontou. “Não como algo que confunde ou incomoda, mas como um dom que Deus dá à comunidade cristã para que cresça como um só corpo, o corpo de Cristo”, completou.
O fio condutor do vídeo do Papa deste mês é a cruz, símbolo de unidade e diversidade: uma cruz que aparece nas portas, nas montanhas, nas igrejas, para mostrar a riqueza das diferentes comunidades cristãs, precisamente nas suas diferenças.