As Comissões Episcopais que atuam com a Pastoral Familiar na América Latina e no Caribe divulgaram uma carta às famílias do continente. O texto foi divulgado na última quarta-feira, dia 25, e é fruto do encontro que reuniu representantes de todas as conferências episcopais na sede do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), na Colômbia, entre os dias 3 e 6 de outubro. Também foi divulgada uma carta direcionada ao Papa Francisco, na qual manifestam apoio e proximidade ao pontífice.
Confira a mensagem às famílias:
Bogotá, D.C., 25 de outubro de 2023
Mensagem às Famílias do continente
Queridas famílias da América Latina e do Caribe,
Após compartilhar esses dias no Encontro das Comissões Episcopais de Pastoral Familiar da América Latina e do Caribe, realizado na sede do CELAM Bogotá de 2 a 6 de outubro de 2023, onde nos reunimos como uma única família em um espírito de fraternidade e oração, bispos, padres, diáconos, casais e leigos, com o propósito de refletir e aprofundar na influência da ‘Amoris Laetitia’, dos ‘Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial’ e do ‘Pacto Global pelas Famílias’ em nossas respectivas comunidades eclesiásticas, nos dirigimos a vocês anunciando com alegria a beleza de ser família.
Nesta terra cheia de contrastes e diversidade, encontramos a fé como nosso farol de esperança e guia em meio aos desafios que enfrentamos como famílias. Sabemos que a vida nem sempre é um caminho fácil; mas a nossa fé em Deus, o nosso amor como filhos confiados à proteção da nossa Mãe Maria e o amor que partilhamos como famílias nos fortalece.
Assim como os ritmos e cores da nossa terra, nossas famílias se manifestam de maneira diversa e singular. Não obstante, essas diferenças no devem ocultar o significativo trabalho que temos realizado. Além das nossas particularidades, todos partilhamos um laço profundo: nossa fé em Deus e o desejo constante de alcançar a plenitude do amor e a comunhão que nos foi prometida. Nesse sentido, queremos expressar nossa gratidão e fomentar a esperança em cada um de nós.
Nesses dias que tem analisado as dificuldades e os novos avanços alcançados em nosso continente, estendemos um cordial convite às famílias da América Latina e do Caribe a unificarmos como Igreja em um caminho conjunto e continuar nosso compromisso no fortalecimento dos pilares que temos explorado à luz das palavras do Papa Francisco em sua exortação. Entendemos que as famílias cristãs são chamadas a ser Igrejas domésticas que, ao unirem-se em uma missão evangelizadora, convertem-se em uma grande família que cresce como uma célula vital em nossa sociedade. Este tempo de sinodalidade nos chama a compartilhar a vida e o trabalho, unidos pela única missão de evangelizar o matrimônio e a família, sob a guia do Espírito Santo.
Recordemos sempre que a pastoral familiar é a ação da Igreja. Com este chamado, reafirmamos nosso compromisso e determinação nesta valiosa missão evangelizadora. Sigamos adiante com fé e esperança!
“Avancemos, famílias; continuemos a caminhar! (…) Não percamos a esperança por causa dos nossos limites, mas também não renunciemos a procurar a plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida”. AL 325.
Comissões Episcopais de Pastoral Familiar da América Latina e do Caribe
Carta ao Papa
Também foi enviada uma carta ao Papa Francisco, como expressão de comunhão e proximidade com o sucessor de Pedro. Os participantes asseguram estar “em sintonia com a celebração da primeira etapa do Sínodo sobre a Sinodalidade”, pelo qual “fazemos chegar nossas mais sinceras saudações e nos unimos em oração pelos frutos desse acontecimento eclesial”.
Na carta, os participantes contam que o encontro presencial na sede do Celam foi um momento “caloroso e fraterno caracterizado pelo diálogo e a escuta mútua das diversas experiências de pastoral familiar”.
“Temos reconhecido a criatividade pastoral que se pode evidenciar no trabalho que se tem feito nas diferentes experiências que temos atualmente pelo continente; sem dúvida, somos conscientes dos grande desafios que se apresentam em nossos países para acompanhar a vida das famílias”, observaram.
Ao final, comprometeram-se a “continuar fortalecendo os vínculos como irmãos para a implementação de novos caminhos que deem uma resposta à realidade de nosso tempo”.