A Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do bispo emérito da prelazia do Marajó, Dom José Luiz Azcona Hermoso, ocorrido nesta quarta-feira (20). O prelado de 84 anos estava internado para cuidados paliativos no hospital Porto Dias, em Belém (PA), desde 28 de outubro, após ser diagnosticado com com câncer no pâncreas.
Dom José Luiz Azcona é reconhecido internacionalmente pela luta contra o tráfico humano e contra a o abuso sexual de crianças e adolescentes no arquipélago do Marajó. Ele também foi bispo referencial da Pastoral Familiar no Regional Norte 2 (Pará e Amapá) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Rogamos a Deus que dê a ele o descanso eterno e que sejam consolados os amigos e familiares.
Biografia
O agostiniano recoleto, dom José Luiz Azcona, nasceu em Pamplona, na Espanha, em 28 de março de 1940. Sua trajetória tem um grande significado para a luta contra o tráfico humano de pessoas e a prostituição infantil, especialmente na Ilha do Marajó, no Pará.
Sua vocação religiosa manifestou-se desde cedo. Foi para o Seminário Menor aos dez anos de idade na cidade de São Sebastião (Espanha). Professou os votos simples em 1958 e os votos solenes em 1961. Foi ordenado sacerdote por Dom Giovanni Canestri, na Basílica de São João de Latrão, em Roma, em pleno Concílio Vaticano II. Em 1964 concluiu a teologia e cursou o doutorado em teologia moral no Instituto Alfonsiano dos padres redentoristas em Roma. Foi premiado em 2022 com a Ordem do Mérito Princesa Isabel.
Em 21 de dezembro de 1963, foi ordenado padre na Ordem dos Agostinianos Recoletos na basílica de São João de Latrão, em Roma, em pleno Concílio Vaticano II. Em 1964 concluiu a teologia e cursou o doutorado em teologia moral no Instituto Alfonsiano dos padres redentoristas em Roma. Foi premiado em 2022 com a Ordem do Mérito Princesa Isabel. Em 1985, chegou ao Brasil.
Foi nomeado bispo por São João Paulo II, em 1987. A sua sagração episcopal ocorreu em 5 de abril de 1987 por dom Alberto Gaudêncio Ramos, em Belém (Pará). Desde 12 de abril daquele ano permaneceu em Soure, na Ilha de Marajó.
Por sua atuação contra o tráfico humano e a exploração sexual de crianças e adolescentes no Marajó, dom Azcona sofreu ameaças de morte na região Norte. Ele permaneceu na prelazia marajoara até a renúncia ao governo pastoral, em 2016.