O Ano Família Amoris Laetitia, que terá início na próxima sexta-feira (19), Dia de São José, traz cinco objetivos propostos pelo Papa Francisco. Entre eles está a proposta de fazer com que as famílias tenham um papel de protagonismo na Pastoral Familiar. Para o casal Coordenador Nacional, Luiz e Kátia Stolf, o desafio é, inclusive neste período de pandemia, integrar as famílias afastadas à Igreja.
“Somos uma família de famílias. É necessário esse esforço evangelizador e catequético para que elas se sintam discípulas e isso uma vez entendido e assumido concretamente, naturalmente se tornarão famílias missionárias”, destacou Luiz Stolf.
A atenção à Igreja doméstica trazida pela Exortação Apostólica Amoris Laetitia, que completa cinco anos nesta sexta-feira (19), é reforçada pelos coordenadores nacionais da Pastoral Familiar. “Os padres sinodais insistiram no fato de que as famílias cristãs são, pela graça do sacramento do matrimônio, os sujeitos principais da pastoral familiar. Isso ajuda a perceber como as famílias, mais do que serem destinatários da pastoral familiar, devem ser, em primeiro lugar, os principais protagonistas e responsáveis, como fruto das graças recebidas”, lembrou Kátia.
Portanto, segundo o casal, não basta inserir preocupações e conceitos nos grandes projetos pastorais, mas requer-se um esforço dirigido à família nesta direção. “É por isso que o Papa Francisco insiste num itinerário catecumenal, onde possa ser oferecida uma melhor e mais profunda preparação para o casamento, o que compreende as etapas da preparação remota, próxima e imediata, seguido de um bom acompanhamento dos cônjuges nos primeiros anos de matrimônio”, reforçou Luiz.
“Inicia-se assim a construção de uma igreja missionária que nasce a partir da realidade familiar, com as belezas e os desafios do dia a dia. Portanto, não é algo teórico e desligado, mas conectado com os problemas reais das pessoas”, completou Kátia.
Segundo o casal, a evangelização tem um papel fundamental na transformação das famílias em protagonistas na vida e na pastoral. “Para alcançar esse objetivo devemos oferecer novos métodos, itinerários, catequeses dirigidas às famílias e um acompanhamento desde a primeira infância, aos noivos e aos recém-casados”, finalizou Luiz Stolf.
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O ano Família Amoris Laetitia foi anunciado pelo Papa Francisco no domingo da Sagrada Família (27 de dezembro de 2020) e será realizado de 19 de março de 2021 a 26 de junho de 2022, durante o X Encontro Mundial das Famílias, em Roma, com o Santo Padre.
A exortação apostólica, lançada em 2016, é fruto de dois sínodos sobre a família realizados nos anos de 2014 e de 2015. O documento possui nove capítulos que abordam questões sobre a palavra, a realidade, os desafios e a vocação das famílias, o amor no matrimônio, a fecundidade, a educação dos filhos, a espiritualidade, entre outros temas.
Os objetivos do Ano Família Amoris Laetitia anunciado pelo Papa são: difundir o conteúdo da exortação apostólica; anunciar que o sacramento do matrimônio é um dom; fazer da família protagonista da pastoral familiar; sensibilizar os jovens; e, ampliar o olhar e a ação da Pastoral Familiar.
Durante o Ano Família Amoris Laetitia serão aprofundadas discussões sobre a exortação apostólica e como colocá-las em prática nas paróquias e dioceses, além de interagir com as comissões de Educação, Catequese, Juventude, Laicato e Missionária da CNBB, e as pastorais da Pessoa Idosa e da Criança em vista de um trabalho sinodal. Para maio, está prevista a realização de um seminário sobre os 40 anos da exortação apostólica Familiaris Consortio e 5 anos da Amoris Laetitia – questões pastorais, eclesiológicas e morais. Um hotsite sobre o Ano Família Amoris Laetitia também foi elaborado. Acesse: https://vidaefamilia.org.br/al/