“O amor conjugal exprime a sua verdadeira natureza e nobreza, quando se considera na sua fonte suprema, Deus que é Amor, o Pai, do qual toda a paternidade nos céus e na terra toma o nome”, disse o autor da Encíclica “Humanae Vitae”, papa Paulo VI. O Documento trouxe importantes contribuições para a reflexão sobre a vida e a família.
Após 36 anos do falecimento de Paulo VI, no dia 9 de maio deste ano, o papa Francisco promulgou o decreto sobre o milagre atribuído à intercessão do venerável Servo de Deus, o papa Paulo VI. Seu papado deixou importantes contribuições para a missão da Igreja no âmbito da liturgia quanto no pastoral, quanto para a sociedade; frutos da Assembleia Conciliar Ecumênica.
Após a comprovação do milagre, a Congregação da Causa dos Santos, comunicou a decisão de Francisco, em beatificar Paulo VI. O papa Francisco presidiu a celebração de canonização neste domingo, 19 de outubro, no encerramento da 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família. A cerimônia de beatificação será na Praça de São Pedro às 10h30 (5h30 de Brasília), e espera-se a presença do papa emérito Bento XVI.
Humanae Vitae
No dia 21 de junho de 1963 era eleito pelo conclave, o cardeal Giovanni Battista Montini. Escolheu por nome, papa Paulo VI, sendo o responsável por reabrir o Concílio Vaticano II, após a morte de seu antecessor, o papa João XXIII. O novo beato nasceu em 26 de setembro de 1897 em Concesio (Itália) e faleceu em Castelgandolfo, no mesmo país, em agosto de 1978.
A Encíclica deixada pelo papa Paulo VI completou 46 anos de sua publicação. O texto ressalta o valor do matrimônio como vocação. “O amor conjugal requer nos esposos uma consciência da sua missão de “paternidade responsável”, sobre a qual hoje tanto se insiste, e justificadamente, e que deve também ser compreendida com exatidão. De fato, ela deve ser considerada sob diversos aspectos legítimos e ligados entre si”.
O milagre da vida
No período da gravidez, uma mãe da Califórnia, no início dos anos 90, teve o diagnóstico dos médicos de um grave problema no feto e, após vários testes, sugeriram que à jovem mãe abortasse. Mesmo com a orientação, a mulher decidiu não abortar, sabendo que a criança poderia nascer com comprometimentos físicos e cerebrais.
A mãe então pediu a intercessão do papa Paulo VI e a criança nasceu sem problemas. Em 2012, a Igreja reconheceu por meio da Congregação da Causa dos Santos, que se tratava de um acontecimento realmente extraordinário e sobrenatural, que aconteceu graças à intercessão de Paulo VI.