Em sua viagem para a Eslováquia, encerrada no último dia 15, o Papa Francisco dedicou um momento para conversar com os jovens. A partir de perguntas apresentadas sobre várias questões da vida, o Papa deu oito dicas que podem ajudar a juventude a viver os planos de Deus.
Verdadeira originalidade
“Hoje a verdadeira originalidade, a verdadeira revolução é rebelar-se contra a cultura do provisório, é ir além do instinto e do instante, é amar por toda a vida e com todo o próprio ser”
Amor e heroísmo
“Para tornar grande a vida, precisamos de ambos: amor e heroísmo. Fixemos Jesus, contemplemos o Crucifixo: estão presentes os dois, um amor sem limites e a coragem de dar a vida até ao fim, sem meias medidas”.
Sonhar além da aparência
“Sonhem uma beleza que vá para além da aparência, para além das tendências da moda. Sem medo, sonhem formar uma família, gerar e educar filhos, passar uma vida inteira partilhando tudo com outra pessoa, sem sentir vergonha das próprias fragilidades, porque existe ele, ou ela, que as acolhe e ama, que te ama tal como és”
Somos únicos e livres
“Não se vive sentado no banco de suplentes, à espera de substituir qualquer outro. Não! Cada um é único aos olhos de Deus. Não se deixem ‘homogeneizar’: não somos feitos em série, somos únicos e livres, e estamos no mundo para viver uma história de amor com Deus, para ter a ousadia de decisões grandes, para nos aventurarmos no risco maravilhoso de amar”.
Regar as raízes
“Para que o amor dê fruto, não esqueçam de suas raízes. Quais são as suas raízes? Os pais e sobretudo os avós: eles prepararam o terreno para vocês. Reguem suas raízes, vão ao encontro de seus avós: fará muito bem a vocês. Façam perguntas a eles, reservem tempo para ouvir as suas histórias. Hoje há o perigo de crescer desenraizados”
Perigo da lamentação e do pessimismo
“A lamentação e o pessimismo não são cristãos; o Senhor detesta a tristeza e o fazer-se de vítima. Não fomos feitos para fixar a face na terra, mas para levantar o olhar ao céu”.
Perdão e confissão
“Mas – pergunto a vocês – são verdadeiramente os pecados o centro da Confissão?”. “Não vamos confessar-nos como pessoas castigadas que se devem humilhar, mas como filhos que correm para receber o abraço do Pai. E o Pai levanta-nos em qualquer situação, perdoa-nos todos os pecados”. E também recorda que “é importante que os padres sejam misericordiosos. Nunca curiosos, nunca inquisidores, por favor, mas irmãos que dão o perdão do Pai”.
“Deus sofre quando pensamos que Ele não pode perdoar-nos, pois é como se disséssemos a Ele: ‘És fraco no amor’. Ao contrário, Deus alegra-Se em nos perdoar, todas as vezes”.
Abraçar a cruz
“Abraçar é um verbo significativo. Abraçar ajuda a vencer o medo. Quando somos abraçados, readquirimos confiança em nós mesmos e na vida. Então deixemo-nos abraçar por Jesus, pois, quando abraçamos Jesus, reabraçamos a esperança. A cruz, não se pode abraçar por si só; o sofrimento não salva ninguém. É o amor que transforma o sofrimento. Portanto, é com Jesus que se abraça a cruz; nunca sozinho! Se se abraça Jesus, renasce a alegria. E a alegria de Jesus, no sofrimento, transforma-se em paz”.
Com informações de Vatican News