Ao participar do Congresso da Sociedade Italiana de Farmacêuticos Hospitalares, o Papa Francisco rejeitou a prática do aborto e defendeu a objeção de consciência em casos de eutanásia e aborto. O encontro ocorreu na última quinta-feira (14). “Vocês estão sempre a serviço da vida humana”, destacou o Santo Padre.
“O farmacêutico, cada um de vocês, usa substâncias medicinais que, no entanto, podem se converter em venenos. Aqui se trata de exercer uma vigilância constante, para que o objetivo seja sempre a vida do paciente como um todo”, disse o papa.
“Hoje está um pouco na moda pensar se estaria bem eliminar a objeção de consciência. Mas, pensem que essa é a intimidade ética de todo profissional de saúde e isso nunca deve ser negociado, é justamente a responsabilidade última dos profissionais de saúde”, reforçou Francisco.
Para ele, a objeção de consciência é também uma denúncia das injustiças cometidas contra a vida inocente e indefesa, especialmente pelo aborto. “Vocês sabem que sou muito claro sobre isto: é um assassinato e não é lícito tornar-se cúmplice”, afirmou. “Dito isso, o nosso dever é a proximidade: estar próximo das situações, especialmente das mulheres, para que não se chegue a pensar na solução do aborto, porque na realidade ele não é a solução. Então a vida, depois de dez, vinte ou trinta anos, cobra seu preço. E é preciso estar em um confessionário para entender o preço, tão alto, disso”, completou o Pontífice.
Objeção de consciência
A objeção de consciência é um conceito defendido em códigos de ética da medicina, que concede o direito a todo profissional de seguir princípios religiosos, morais ou éticos de sua consciência.