A primeira palestra do 11º Simpósio Nacional das Famílias, realizado neste sábado (29), teve como objetivo aprofundar o tema central do encontro: “Família e Catequese”. O arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, dom José Antônio Peruzzo, fez um apanhado sobre o que realmente significa ser família. Ele destacou que tanto a educação quanto o amor são temas que nunca se esgotam.
“Para falar de catequese é preciso primeiro falar da missão recebida pelos esposos cristãos que, assumindo o mistério da vida matrimonial, se tornam a transparência do amor de Deus pelos filhos que lhes foram confiados. Na posição de cocriadores com Deus, têm a missão de proteger a família tão agredida”, disse.
Dom Peruzzo recordou ainda aos casais que, pelo caráter divino e sacramental do matrimônio, eles não se amam apenas em seu nome, mas em nome de Deus. “Esse amor, transfigurado no rosto de cada um dos cônjuges, começa a partir de uma experiência vivida. Afinal, é preciso entender que falar do amor não é amar. Essa experiência de vivência do amor verdadeiro passa pela gratuidade, pela doação total de si”, destacou o arcebispo. “Só se ama de verdade quando se vive as dificuldades e quando amamos mesmo sabendo que não há compensações, que há apenas a gratuidade. Isso não é uma tarefa, é missão”, completou.
Passando da família para a catequese, seja dos filhos ou na Igreja, dom Peruzzo destaca que a catequese nunca foi apenas ensinar. “A catequese, na verdade, é testemunho de amor. Ninguém aprende nada na vida sem afeto, ninguém evangeliza sem amor, pois não é possível evangelizar sem afeto, não é possível falar do amor de Deus sem um fundo amoroso”, refletiu o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética.
“Os catequizandos vão aderir a Jesus Cristo na medida em que quem fala Dele não apenas transmite as ideias de Jesus, ou do Evangelho ou da doutrina, mas que o seu falar traduza o encanto por tudo aquilo de que se fala”, explicou o arcebispo de Curitiba. “A linguagem da ternura e do afeto sempre é compreendida, afinal podemos explicar um abraço sem abraçar?”, comentou.
“A catequese não pode ser transmitida apenas com lições, mas com o testemunho e é o testemunho dos pais que vai realmente evangelizar os filhos. Faz parte da sacramentalidade matrimonial a transmissão da fé aos filhos”, disse. “Catequese é partilha! É tomar pela mão e levar! É conduzir! É dar o exemplo! Como posso compreender se ninguém me conduz?”, concluiu o dom Peruzzo ao destacar que a aproximação com a catequese será um motivo de fortalecimento da Pastoral Familiar.
Uma palavra do Papa Francisco
Antes da palestra, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, repassou aos participantes uma mensagem do Papa Francisco sobre a realização do 11º Simpósio Nacional das Famílias. “O tema escolhido para o Simpósio é muito importante, pois indica que o primeiro anúncio da boa nova encontra seu lugar mais propício no seio da família e exorta as famílias brasileiras a serem lares luminosos onde brilha para os filhos a luz do evangelho através do testemunho cristão dos pais”, disse o documento enviado pelo Vaticano. O Santo Padre ressaltou ainda o pedido de que não deixem de rezar por ele.
Simpósio
O 11º Simpósio Nacional das Famílias está sendo transmitido neste sábado pelo canal da Pastoral Familiar no Youtube e na página da CNBB no Facebook. Para acompanhar, acesse: https://youtu.be/-8Te5Z-3xYg
É uma realização da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, por meio da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, com apoio da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.
Texto: Elis e Rodrigo – agentes de comunicação do Regional Su1 da Pastoral Familiar
Revisão: André Luiz Gomes