O tempo litúrgico do Advento inicia-se no próximo domingo (27) e com ele chega o momento de montar o presépio. Com o objetivo de fortalecer a experiência em família, ao mesmo tempo em que os pais têm a oportunidade de passar a fé aos filhos, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), promove a terceira edição da Campanha “Minha Família Acolhe o Menino Jesus”. A ação foi desenvolvida no primeiro ano da pandemia causada pelo coronavírus e cresce a cada ano.
“Em 2020, estávamos ainda naquele ambiente de muitas dúvidas e de isolamento em nossas casas. O nosso intuito com a campanha Minha Família Acolhe o Menino Jesus foi estimular as famílias a não deixarem passar esse momento tão especial de catequese dentro da Igreja Doméstica”, explicou o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família, Pe. Crispim Guimarães.
O assessor da Comissão conta como as famílias podem participar. “Cada um deve preparar como pode o seu próprio presépio, de acordo com a cultura e com o que tiver disponível. O importante é repassarmos às crianças o verdadeiro sentido do Natal”, ressaltou. O resultado final deve ser compartilhado nas redes sociais por meio da hashtag #presepioemcasa, que serão publicados toda semana no Portal Vida e Família.
Pastoral Familiar
Como de costume, a Pastoral Familiar terá um papel fundamental na realização da campanha. Cada um dos setores será responsável por compartilhar experiência e reflexões sobre como acolher o menino Jesus no dia a dia. Além disso, os integrantes de cada regional compartilharão as montagens feitas durante o Tempo do Advento. Além da montagem dos presépios, os agentes são convidados a celebrar em família a Novena de Natal, a partir do roteiro proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Como surgiu?
O presépio teve origem em Gréccio, na Itália, em 1223, onde São Francisco de Assis se deparou com grutas que lhe faziam lembrar a paisagem de Belém. Foi lá que o Santo representou o nascimento do Salvador.
Na sua carta apostólica Admirabile Signum (Admirável Sinal) – sobre o significado e valor do presépio, o Papa Francisco o define “como um Evangelho vivo que transvaza das páginas da Sagrada Escritura”. No texto, o pontífice recorda que a tradição é aprendida pelas crianças, quando o pai e a mãe, juntamente com os avós, “transmitem este gracioso costume, que encerra uma rica espiritualidade popular”. O desejo do Papa Francisco é que “esta prática nunca desapareça; mais, espero que a mesma, onde porventura tenha caído em desuso, se possa redescobrir e revitalizar”.