As lives com os Regionais retornaram na última quarta-feira, 9 de março, com o Regional Norte 3. Com território que abrange o Estado do Tocantins, o Sudeste do Pará e o Nordeste do Mato Grosso, o Regional é o segundo mais jovem entre os 19 do Brasil e conta com a presença da Pastoral Familiar desde 2014.
O momento de partilha transmitido pelas redes sociais teve a presença dos casais coordenador regional, Hilário Rodrigues e Iranete Rodrigues, e vice-coordenador regional, Edileusa e Oriosvaldo. Também estiveram presentes dois bispos: o bispo de Miracema do Tocantins e referencial da Pastoral Familiar, dom Philip Dickmans, e o de Tocantinópolis e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB, dom Giovane Pereira de Melo. Participaram ainda a articuladora de Pastoral da CNBB Norte 3, Maria Istélia Fôlha, e o agente de Pastoral Francisco. Conduziram o momento o mediador, padre Fernando Francisco, assessor nacional do Setor Casos Especiais, e a coordenadora nacional, Káthia Stolf.
Riquezas e desafios
O Regional conta com importantes riquezas naturais, como o Jalapão, a Ilha do Bananal, o Rio Araguaia-Tocantis, e também a diversidade étnica, representada pelos mais de sete povos indígenas e as mais de 40 comunidades quilombolas, por exemplo. Segundo Istélia, no Regional, desde que foi criado, “os bispos têm assumido um compromisso muito grande nessa Igreja em saída”.
A Pastoral Familiar está presente em todas as dioceses e um dos desafios enfrentados são as distâncias. O casal coordenador regional ressaltou em sua fala sobre como a Pastoral Familiar pretende trabalhar no Regional: “Estamos juntos para somar, somos uma Igreja em saída, e onde precisar da gente estamos à disposição ao serviço”.
O que os bispos observam
Em suas falas, os bispos ressaltaram alguns aspectos que consideram importantes para o trabalho da Pastoral Familiar.
Dom Giovane resgatou das falas dos coordenadores do chamado à Pastoral Familiar de ser “uma pastoral que não é fechada, que não é exclusiva, que não tem um código de participação”. Assim como a dinâmica familiar, deve ter “essa dimensão de mãe e de pai, que abraça a todos”.
Ele também destacou a importância da vida comunitária, da comunhão com a paróquia e com o padre. No Regional, segundo o bispo de Tocantinópolis, será preciso fazer um trabalho mais próximo dos nossos padres, “para eles entenderem e valorizarem a presença da Pastoral Familiar nas paróquias onde eles estão”.
Dom Giovane chamou ainda atenção para a perspectiva da transmissão de valores à juventude e às crianças. “Precisamos cultivar valores como respeito, responsabilidade, honestidade, a dimensão da fé”, disse.
Dom Philip Dickmans destacou o desejo de aprofundar e fortalecer a Pastoral da Família em todas as dioceses. Ele espera retornar os encontros presenciais “para fortalecer a equipe e colocar novos casais”.
Outra proposta destaca pelo referencial parte de uma observação que escutou certa vez, de era preciso ter cuidado para a Pastoral Familiar “não se tornar só para a elite”. Dom Philip acredita que este momento no qual a Igreja ressalta a sinodalidade é oportunidade para a Igreja “ouvir realmente o que o povo quer”.
Nesse sentido, diante da realidade atual do Brasil, dom Philip questiona: “O que nós estamos fazendo para aquelas pessoas? Será que eles não têm o direito de conhecer Jesus? Nesses últimos anos que estamos vivendo, o pobre que sempre fica mais pobre. E o que nós vamos dizer? Aonde o pobre consegue ver na sua família também beleza?”
A próxima live com os Regionais será no dia 16 de março com o Regional Nordeste 3.