A Casa de Formação de Líderes da Diocese de Guarapuava acolheu perto de noventa casais, representantes das dioceses paranaenses, incluindo a eparquia ucraniana de São João Batista, além da Comissão Regional da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 da CNBB, os assessores, e o bispo referencial desta pastoral Dom João Bosco Barbosa de Sousa. De todas as dioceses paranaenses, só não esteve presente Paranavaí, Cornélio Procópio, Jacarezinho e Paranaguá. No dia 10 de setembro, sexta feira à tarde, houve um encontro dos assessores, quase todos sacerdotes, apenas um diácono permanente. À noite foram chegando os casais, que permaneceram até o almoço de domingo, 12 de setembro. Avanços e tropeços – Dom Antônio Wagner, Bispo de Guarapuava, presidiu a Santa Missa de abertura, e se disse muito honrado por sua diocese sediar esta Assembléia. Um questionário, previamente enviado a todas as dioceses, trouxe um resumo dos avanços e das dificuldades encontrados pelas coordenações diocesanas, algumas já bem adiantadas na implantação da Pastoral, nos moldes do Diretório Nacional da Pastoral Familiar, outras ainda em fase de estruturação, mas todas muito animadas pelo crescimento constatado. Dificuldades também são muitas, e vão desde a falta de formação das lideranças, a falta de entrosamento com as pastorais e movimentos, até um ou outro caso de incompreensão dos próprios sacerdotes. Novas Diretrizes – A Coordenação Regional, formada nestes últimos dois anos, sentiu a necessidade de nortear as suas atividades através da elaboração de Diretrizes da Pastoral Familiar Regional. Um texto inicial foi apresentado na Assembléia e, após debate e emendas, foi aprovado por unanimidade, devendo ainda passar pela apreciação dos Bispos do Regional Sul II. A Assembléia achou por bem que essa mesma equipe permaneça à frente do Regional até a próxima Assembléia, quando então haverá a escolha de novos membros, conforme o texto aprovado. Ações prioritárias – Sem deixar de lado o caminho de implantação da Pastoral, até chegar a todas as Paróquias e comunidades, bem como as ações permanentes dos três setores da Pastoral Familiar (pré e pós-matrimônio e casos especiais) a Assembléia escolheu alguns pontos prioritários para um esforço maior de todos. São quatro as prioridades: a) O trabalho com casais de segunda união – São poucas as iniciativas já em andamento, e a urgência é cada vez mais premente. Um trabalho de formação de agentes e de acolhida a esses irmãos, que se encontram em segunda união, deverá ser feito com muita consciência e dentro das normas estabelecidas pela Igreja. b) A defesa da vida – As situações em que a vida é ameaçada e agredida são cada vez mais freqüentes e graves. Nossa gente muitas vezes não conhece e por isso não defende as propostas e as razões da Igreja. Os projetos de lei e políticas públicas em andamento são exemplos disso. Há necessidade de multiplicar as ações de conscientização e defesa da vida e da família, com competência e tenacidade. c) A Evangelização das Famílias – Pra não ficarmos correndo atrás dos “Casos Especiais”, é preciso reforçar a espiritualidade familiar. A prevenção é melhor que o remédio posterior. A integração com os Movimentos que lidam com as famílias é necessária e salutar. d) A Formação – Muitos dos agentes da Pastoral Familiar vão entrando diretamente no trabalho pastoral e aprendendo com os que já atuam, mas não tiveram a chance de conhecer os subsídios, os documentos, o conteúdo e as práticas do trabalho pastoral. Uma formação mais sistemática e permanente deve solucionar essa dificuldade. A Missa de encerramento da Assembléia, presidida por Dom João Bosco, teve como evangelho a parábola do Filho Pródigo, um presente, segundo o Bispo, muito apropriado para as reflexões destes dias. De fato, a misericórdia divina é o ponto de partida, o melhor meio e o ponto de chegada da nossa Pastoral Familiar.