Encerrado o Encontro Nacional de Formação da Pastoral Familiar, realizado entre os dias 8 e 10 de novembro, em Belo Horizonte (MG), assessores eclesiásticos avaliaram o momento de aprofundamento que refletiu sobre a moral cristã e a busca de sentido para a vida no contexto dos desafios e das questões reais da família. Cerca de 70 pessoas de todo o Brasil estiveram presentes.
“Durante este fim de semana, vimos o quanto o homem precisa ser virtuoso para superar uma sequência de hábitos viciosos. Padre Rafael Solano nós fez ir além da experiência sentimental, sensorial e tangível, para ir ao centro da fé: Jesus Cristo”, comentou o padre Leandro Freire, assessor da Pastoral Familiar na arquidiocese de Niterói (RJ). Recordando as palestras do assessor do encontro, padre Rafael Solano, é necessário conhecer os passos de Jesus, “pisar em suas pegadas, mesmo que o terreno seja montanhoso ou plano”, Ele é “o ponto final de tudo”.
Questionando-se sobre aquilo que completa o ser humano, como ele se realiza, padre Leandro destaca que o encontro com Cristo não é só uma realidade espiritual:
“Ele é o absoluto nas nossas vidas e faz, por um conhecimento cognitivo, psíquico, hormonal e sensorial que temos soluções palpáveis para o nosso ser: num amor conjugal e ministerial, somos capazes de transmitir uns aos outros os elementos essenciais para ter, ser e viver a plenitude da felicidade, que já se expressa em uma experiência da ação interior de Cristo em nós”.
Padre Leandro Freire
Para o assessor eclesiástico do regional Oeste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), irmão Silvio da Silva, o encontro serviu para mexer com as estruturas: “A afala do padre Rafael Solano deveria ser uma coisa muito levado a sério a nível de Pastoral Familiar”. O religioso sustenta que é necessário fazer um trabalho para que as reflexões do encontro de formação sejam um instrumento para os regionais, principalmente num momento em que a “moral tem sido deixada de lado”.
A ideia, segundo o secretário executivo da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, padre Crispim Guimarães, é que os regionais “repliquem esta formação com pessoas qualificadas dos próprios regionais ou de regionais próximos, porque são conteúdos pertinentes e acessíveis”.
Sobre o aprofundamento na área da Psicologia, que neste encontro tratou da Logoterapia, irmão Silvio destacou a necessidade de “ferramentas pedagógicas para educar os pais e educar os filhos”. Para ele, é preciso, “além da Logoterapia, oferecer técnicas de construção de relacionamento, como trabalhar a educação dos filhos – clínica, pedagógica e psicologicamente”.