A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza a partir do próximo domingo (26), dia da Festa de Cristo Rei, a Campanha para a Evangelização 2023. Uma das iniciativas propõe a montagem do presépio em casa para fortalecer a experiência deste sinal em família, ao mesmo tempo em que os pais têm a oportunidade de passar a fé aos filhos. O resultado deve ser compartilhado nas redes sociais por meio da hashtag #presepioemcasa, o que pode ser republicado nas redes sociais da CNBB.
Depois de três anos sendo conduzida pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família, a ação de montagem dos presépios agora ganha maior relevância nacional e colabora com a arrecadação de recursos para a manutenção das atividades pastorais da Igreja no Brasil. A mobilização da campanha irá até o terceiro domingo do Advento, que contará também com a Coleta para a Evangelização, que se realizará nas celebrações de todas as comunidades católicas do Brasil, nos dias 16 e 17 de dezembro.
Este ano, a ação tem como tema “Em Belém, casa do pão, Deus nos faz irmãos”, tema inspirado na canção de frei Fabretti e de José Thomaz Filho, e vai celebrar os 800 anos da criação do presépio por São Francisco de Assis. “É fundamental que cada um de nós possamos dar o nosso testemunho de fé evangelizarmos por meio deste sinal. É a presença de Jesus Cristo no meio de nós, simples, pobre e no seio de uma família”, destaca o bispo de Campo Mourão e presidente da Comissão Vida e Família, dom Bruno Elizeu Versari.
O assessor nacional da Comissão, padre Rodolfo Chagas Pinho reforça o apelo às famílias de todo o país. “O nosso intuito com a campanha é fazer com que as famílias percebam e aproveitem este momento tão especial de catequese dentro da Igreja Doméstica”, apontou.
Como surgiu?
O presépio teve origem em Gréccio, na Itália, em 1223, onde São Francisco de Assis se deparou com grutas que lhe faziam lembrar a paisagem de Belém. Foi lá que o Santo representou o nascimento do Salvador.
Na sua carta apostólica Admirabile Signum (Admirável Sinal) – sobre o significado e valor do presépio, o Papa Francisco o define “como um Evangelho vivo que transvaza das páginas da Sagrada Escritura”.
No texto, o pontífice recorda que a tradição é aprendida pelas crianças, quando o pai e a mãe, juntamente com os avós, “transmitem este gracioso costume, que encerra uma rica espiritualidade popular”. O desejo do Papa Francisco é que “esta prática nunca desapareça; mais, espero que a mesma, onde porventura tenha caído em desuso, se possa redescobrir e revitalizar”.