Para a religiosa que atua na área da psicologia, o trabalho de prevenção, mostrando às pessoas que elas não estão sozinhas, consiste em “ver com amor”.
“O olhar de amor não precisa de tantas palavras. Se a pessoa se sentir que foi vista com amor, é o primeiro passo. O amor cura. Quem ama não desiste, encontra caminhos de dizer ‘estou aqui’. Devemos exercitar o nosso ver com amor. Quando Jesus tocava, é porque ele via com amor”, explicou irmã Maria Couto.
Mas a Pastoral Familiar deve estar atenta a várias questões, as quais destacamos abaixo:
Compreender que o suicídio não é uma escolha, mas uma doença;
Ter preparação prévia e estar livre de preconceitos;
Ser força e nunca um peso para as pessoas que necessitam de ajuda;
Ser presença, mesmo que silenciosa;
Também observar a própria família;
Identificar os sinais que são manifestados.
Pós-pandemia
Uma pergunta foi destacada da participação de internautas sobre como oferecer ajuda para as pessoas que sofrem hoje ao não conseguirem oferecer um “sepultamento digno” para os familiares vítimas da Covid-19.
Para irmã Maria Couto, é preciso encontrar meios e criar pequenos grupos de vivência, de partilha, com ajuda profissional. “Por mais que seja comunitário, veja a possibilidade de um profissional psicólogo ou psiquiatra para estar ali junto que ajude se caso alguém, dentro desses casos, dê um surto, pois é muita dor reprimida”, pondera.
A live foi facilitada e moderada pelo casal coordenador e pelo assessor do Setor Casos Especiais da Pastoral Familiar, Afrânio e Flávia Soares, de Manaus (AM), e padre Fernando Francisco, diocese de Lins (SP).
Confira a live na íntegra: