“A Importância da Família no cuidado da Criança Autista” foi assunto no 4º Encontro do Conselho arquidiocesano da Pastoral Familiar da arquidiocese de Fortaleza (CE), realizado no último sábado, 6 de abril. O objetivo com a abordagem do tema foi promover conhecimentos sobre o espectro autista e sobre a necessidade e direitos dessas pessoas. Participaram do encontro 180 pessoas, representando 39 paróquias e uma área pastoral.
Foi um momento de troca de conhecimentos com os agentes paroquiais sobre essa realidade vivida por muitas famílias, com os chamados transtornos no desenvolvimento, “que existem há tempos e que hoje a ciência atualiza”, como destacou a psicóloga que conduziu a formação Níniver Rodrigues.
A profissional destacou que é necessária preparação para acolher o autista, “revelando um amor na compreensão e nas limitações de habilidades”.
“Quando percebemos que a criança está trazendo alguns comportamentos restritos, repetitivos, com dificuldades no processo cognitivo e na socialização, a conversa com a família é muito importante”, afirmou, chamando atenção também para a necessidade de as famílias aceitarem a busca por diagnóstico e acompanhamento dos profissionais de saúde que acompanham as crianças neuroatípicas.
“Quando essa aceitação é disseminada, o processo de aceitação dos pais se torna melhor”, destacou.
Para que as famílias possam procurar auxílio profissional, Níniver deu dicas de alguns sinais de alertas:
– Se a criança: não mantém contato visual por 2 segundos, não atende quando é chamado pelo nome; se isola, alinha muitos objetos; é muito presa às rotinas ao ponto de entrar em crise, faz movimentos repetitivos sem função aparente; não brinca com brinquedos de forma convencional; não fala ou não faz gestos para mostrar algo; tem interesse restrito e não consegue imitar.
O diagnóstico do transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é baseado em exame clínico, realizado por neurologistas, neuropediatras ou psiquiatras.