O secretário executivo da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), padre Crispim Guimarães, recebeu nesta segunda-feira, 02 de dezembro, na sede da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, em Brasília (DF), o grupo que atua no projeto de atenção pastoral conhecido como “Perdas e viuvez”, voltado a pessoas que passaram pela experiência da perda do cônjuge, por exemplo . Na oportunidade, o grupo apresentou sua experiência de fé e esperança diante das perdas pelas quais os integrantes passaram e recebeu orientações para que o trabalho seja melhor difundido pelo Brasil.
O grupo de dez pessoas que veio a Brasília para o encontro é formado por viúvas, viúvos e uma pessoa que passou por uma separação, todos oriundos da Pastoral Familiar. “Formamos este grupo para atender essa demanda que existe dentro da Igreja, que são os viúvos que ficam um pouco à margem, separados”, explica Jorge Luiz Mendes, da diocese de Divinópolis (MG).
Ele explica que cada integrante do grupo, que conta com pessoas de várias partes do Brasil – como das cidades de Guarulhos (SP), Recife (PE), São Paulo (SP), Divinópolis e Curitiba (PR) – tem trabalhado dentro das limitações, mas que a ideia agora é, “dentro da Pastoral, abranger mais pessoas e mais grupos no Brasil”.
Maria Célia Pinto é diocese de Guarulhos. Foi a ela que, anos atrás, dom Orlando Brandes, atualmente arcebispo de Aparecida (SP), sugeriu a criação do projeto do livro “Perdas e viuvez – partilhando vida”, editado pela editora Paulinas. Ela conta que, há quatro anos, o grupo vai às paróquias e dioceses para falar sobre todos os tipos de perda. No trabalho local, o grupo acompanha as pessoas que buscam por este serviço e oferece quatro subsídios de apoio. Estão em preparação mais oito roteiros.
“Temos atingido bastante gente que sofre, não só o caso de estar sozinho, ter alguma perda, mas, às vezes pessoas que estão juntas, mas estão sós. É um trabalho muito gratificante. Você vê o brilhinho nos olhos das pessoas quando a gente termina o encontro”, partilha.
Célia também destaca que é um processo de restauração: “Como todos nós passamos por estas perdas, tanto da morte, como da separação, nós falamos em conhecimento de conteúdo, de sofrimento, mas, ao mesmo tempo a gente mostra o amor de Deus por nós”.
Testemunho e Perspectivas
Márcia Calado e Vinícius Toscano perderam seus cônjuges. Viúvos, se conheceram e casaram-se. No trabalho do grupo e na própria restauração, eles partilham a caminhada do grupo e falam das perspectivas para o próximo ano.
“Essas pessoas estão trabalhando seus corações, suas vidas para que a gente possa dinamizar nas paróquias, nas cidades o que é perda e viuvez. E a gente vem de uma perda, e agora a gente está construindo esta dinâmica de que é preciso acreditar na vida. Essa participação é interessante porque a gente motiva as pessoas a renovarem sua esperança”.
Márcia Calado