Com base na Exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia – sobre o amor na família, do papa Francisco, o Centro da Família Coração de Jesus (CFCJ) realizou no dia 7 de maio, uma tarde de formação para casos especiais de famílias, que são configurados por aquelas situações em que estão os casais em segunda união, os casais amasiados, e tantos outros considerados irregulares pela Igreja. “O elemento principal pontuado pelo papa no documento é que a Igreja dê atenção a esses e tantos outros casos complexos, para que a Igreja não seja como uma entidade burocrática, mas uma mãe que acolhe a todos”, disse o diácono Jairo Gomes da Silva, que participou da formação.
O encontro foi assessorado pela irmã Miriam Thomassim, ICJ, que se deteve no capítulo 6, do documento, que trata das perspectivas pastorais, de modo especial os parágrafos 247 a 252, que abordam algumas situações complexas. “Nesse capítulo observamos que o papa Francisco apresenta luzes e indica elementos para a Igreja trabalhar com os casos especiais. Ele não vem aqui fazer imposições, mas se abrir para o diálogo e a misericórdia, apesar de não haver mudanças na doutrina”, sublinhou. A religiosa ainda comentou que não há receita pronta e que a aplicação dos caminhos apresentados cabe aos bispos, em cada Igreja particular. Nesse sentido, ela aproveitou para fazer uma observação à Pastoral Familiar. “Precisamos ter cuidado de não colher do documento somente aquilo que é cômodo, que não nos faz mudar de vida”.
Juracy Rodrigues, da equipe de trabalho do 1º Encontro de Casais em Segunda União, que acontecerá no segundo semestre, na Paróquia Santa Luzia, do Novo Horizonte, disse que a formação é muito importante, uma vez que “reflete o acolhimento de mãe, o apoio para esses casais que se sentem excluídos”. Daniela Queiroz, que também compõe a equipe de trabalho do encontro, também vê como positiva a formação. “Depois de uma formação como essa nos sentimos mais preparados para realizar o Encontro de casais, tão necessário para a Igreja e essas pessoas que vivem uma segunda união”, declarou.
CNPF com informações e foto do arquidiocese de Goiânia.Â