A experiência da maternidade é única para cada mulher, apesar de todas as semelhanças na dedicação e no amor incondicional. Desde o último sábado, a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) tem partilhado experiências de mães de várias partes do Brasil e com diferentes histórias.
No Dia das Mães, Kathia Stolf, que junto com seu esposo Luiz Stolf, coordena nacionalmente a Pastoral Familiar, partilhou sobre “ser mãe em tempos de pandemia’, relatando a saudade dos filhos e netos, mas a necessidade de tomar os devidos cuidados com o isolamento social.
No programa Hora da Vida deste domingo, o bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers, abriu espaço para três mães com histórias bem diferentes, mas com um mesmo alicerce: Deus no centro de suas vidas, fortaleza nas dificuldades.
O tema da live foi “A missão familiar de ser mãe”, uma edição especial com testemunhos e oração pela vocação materna.
Partilharam suas histórias Josiane, de 42 anos, casada com Bruno há 19 anos e mãe de três filhos, há três; Bianca Bezerra, que mora em São Paulo e tem dois filhos, um já adulto que reside no Espírito Santo e o Fernando de 16, que mora com ela e a “ensina a cada dia”. Também partilhou seu testemunho Marina Alexandroni, de 44 anos, casada com Rafael e mães de 11 filhos, nove vivos e dois no céu.
Aprender com o filho
Bianca partilhou sobre sua história de mãe. Seu primeiro filho nasceu quando ela tinha 17 anos. Três anos depois, começou a faculdade e, anos mais tarde, deixou o filho aos cuidados da mãe para se especializar em São Paulo (SP). Anos mais tarde, engravidou novamente, mas foi uma gestação de risco e Fernando nasceu com apenas 27 semanas. “Com 40 dias de vida, ele teve infecção intestinal, que generalizou, levando a sangramento na cabeça”, contou Bianca. Ela pediu intercessão de Nossa Senhora Aparecida e prometeu que, independente de como ele ficasse, ela se dedicaria inteiramente a ele. “Ele me ensina a ser um ser humano melhor, que aprende a ser humilde, a dar valor às coisas pequenas, a ajudar o próximo e perdoar sempre”, conta.
Após a preparação para a Primeira Eucaristia e depois para a Confirmação, Fernando a acompanha na missão de ser catequista de Crisma.
Abertura à vida
Marina, natural de São Paulo, mora em Brasília há 40 anos. Ela não era de uma família cristã, nem estruturada. Foi batizada somente aos doze anos quando foi à Igreja e pediu para ser batizada. Aos dez anos, na escola católica que estudava, escutou falar de Nossa Senhora e se apaixonou. Começou a frequentar a Igreja sozinha.
Já na Igreja, conheceu o esposo. Casou-se aos 17 anos com o propósito de abertura à vida. Logo ficou grávida, mas perdeu o bebê. Quando vieram os filhos, também experimentou crises com as perdas e os julgamentos.
“Fundamental para que eu administrasse esses meninos, foi passar a fé para eles, porque era um escândalo para o mundo. Quando fiquei grávida do meu quarto filho, eu tive uma grande crise. E me ajudou muito a sabedoria de um pobre que me deu um livro que ensinava: estar grávida não significava que eu ia ter os bebês e que eles não eram meus, eram de Deus. Isso me ajudou a me abrir”.
Marina partilhou que fui muito bombardeada pelos médicos e o que a ajudou foi a comunidade paroquial. E ressaltou que para administrar a família numerosa é necessária confiança na providência divina e oração: “Deus tem providenciado tudo. A oração das Laudes todos os domingos tem mantido a minha família até hoje. É um selo no coração dos meus filhos”, afirmou.
Adoção e planos de Deus
Josiane casou-se em 2000 e, naquela época, ela e o esposo eram “dois jovens imaturos”, considera. Eles decidiram morar no exterior e não ter filhos por 10 anos. Quando tentaram, viram que tinham possibilidade.
Participando de encontros, o casal acredita que foi se abrindo a ouvir o que Deus tinha planejado para eles. Em um retiro para mulheres, Josiane sentiu-se tocada e resolveu ir junto com Bruno dar entrada em um processo de adoção. “Foi tudo muito difícil”.
“Antes, o início do nosso casamento não tínhamos esse habito de convidar Deus para estar junto com a gente e ver o que ele tinha para nós”. Porém, naquele momento, estava disposta a receber tudo o que Deus tinha planejado para eles.
Depois de um ano e meio do processo de adoção, sem muitas exigências, conseguiram adotar três crianças, um trio de irmãos. “Foi um grande desafio, tivemos que aprender a ser pais”, partilhou.
Confira a íntegra da partilha dessas histórias: