Na Esplanada dos Ministérios movimentos em defesa da vida se manifestam contra a legalização do aborto dos fetos com anencefalia
Crianças, jovens, idosos, mulheres, políticos e entidades da sociedade civil, estiveram presentes, na tarde desta quarta-feira, 10, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para participar da II Marcha Nacional da Cidadania pela Vida, caminhada organizada pelo Movimento da Cidadania Brasil Sem Aborto. O evento teve como tema este ano Como legalizar a morte se queremos a vida?
Ao som da letra do sucesso de Gonzaguinha, “O que é, o que é?”, os manifestantes gritaram pela vida dos anencéfalos e contra o aborto. “A Marcha acontece todos os anos para sensibilizar as autoridades e as pessoas a fim de não aceitarem a legalização do aborto”, disse a presidente Nacional do Movimento da Cidadania Brasil Sem Aborto, Lenise Garcia. Participaram da Marcha caravanas do Rio de Janeiro, Mato Grosso, São Paulo e Goiás.
Já o assessor jurídico da Marcha e advogado da Associação Pró-Vida e Pró-Família, José Miranda de Siqueira, disse que o movimento que ocorreu nesta tarde é singular para a defesa da vida no país. “Este é o mais vivo, legítimo e verdadeiro ato da população brasileira em defesa da vida. Está mais do que claro que o povo é contra o aborto. Eles jamais aceitarão a morte”, frisou. O advogado disse também que o problema que aflige a saúde brasileira é a falta de incentivo e uso de meios legais para o processo continuado da vida.
“No Brasil, infelizmente, se combate a doença assassinando vidas. Lembro que na audiência pública que aconteceu no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre os fetos anencéfalos, a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde afirmou que, no Chile, 40% dos casos de anencefalia foram reduzidos com a ingestão de ácido fólico nos alimentos”, observou. “Isso tem que acontecer por aqui também”, concluiu.
Os jovens da Pastoral da Juventude Estudantil (PJE) de Brasília reafirmaram as palavras de dom Helder Câmara e gritaram ‘Temos mil razões para viver’. “Estamos aqui porque lutamos pela vida e queremos conscientizar a juventude sobre a importância desse valor”, destacou Flaviane Leite. Irmã Diva Jacoby, também da PJE, completou enfatizando que, este ano, a pastoral tem o objetivo de trabalhar em defesa da vida. “A Marcha é mais uma etapa deste processo que finaliza com o Dia Nacional da Juventude, no mês de outubro”.
Fonte:CNBB