O Papa Francisco recebeu nesta segunda-feira (9), no Vaticano, uma delegação do Comitê Católico da Campanha contra a Fome Mundial de “Manos Unidas”, uma Organização Não Governamental da Espanha que há 65 anos contribui para a promoção e o progresso dos países em desenvolvimento. Segundo dados da própria ONG do início de dezembro, mais de 1 milhão de pessoas na América, na África e na Ásia já conseguiram mudar de vida com a generosidade e a dedicação de uma rede solidária de 6,5 mil voluntários.
Na ocasião, o Pontífice recordou que a associação nasceu como resposta das mulheres da Ação Católica da Espanha ao apelo da FAO, que denunciava a ‘fome de pão, fome de cultura e fome de Deus que aflige grande parte da humanidade’. Ele exaltou a participação das mulheres nesta iniciativa.
“Nós estamos acostumados a essa cultura machista, a ver a mulher, não digo como o cachorrinho ou o gato de casa, mas como um ser humano de segunda categoria. E não vamos nos esquecer que são as mulheres a levar o mundo adiante e – como alguns dizem – são elas que comandam. Mas tudo bem. Mas é a mulher que leva adiante a família, que leva adiante os povos, que se aproxima das necessidades, aquela sensibilidade tão rica da mulher”, defendeu o Papa.
Francisco recordou o papel de Maria na história de salvação para falar sobre o grupo, “Maria, que é atenta às necessidades dos seus filhos, serve de modelo plenamente realizado para a humanidade. Assim como têm feito as mães, filhas, esposas e sogras da associação pública de fiéis da Igreja Católica “Manos Unidas” que seguem a missão de combater a fome, o subdesenvolvimento e a falta de instrução”, disse.
O Papa finalizou o discurso encorajando a prosseguir com o trabalho voluntário e de assistência. “Ao nos aproximarmos do Jubileu de 2025, convido-os a serem peregrinos de esperança e a reorientar a vida para Jesus, também por meio da contribuição de vocês para a melhoria material, o progresso moral e o desenvolvimento espiritual dos mais frágeis e necessitados, para ajudá-los a obter uma vida que corresponda à dignidade deles de filhos de Deus”, concluiu.
*Com informações do Vatican News