O Papa Francisco falou da relação dos pais com os filhos ao refletir sobre a parábola do filho pródigo, presente na Liturgia do 4º Domingo da Quaresma, durante a oração do Angelus de domingo, 27. A atitude do pai ao acolher o filho que errou aproxima ao que é o sentimento de Deus.
Para o filho mais velho, que fica incomodado com a acolhida ao filho que gastou os bens e depois retornou, o pai “procura fazê-lo compreender que para ele cada filho é toda a sua vida”. O Papa Francisco diz: “Sabem-no bem os pais, que se aproximam muito do sentimento de Deus”. E, em seguida, cita o romance “O pai Goriot”, de Honoré de Balzac, no qual um pai diz «Quando me tornei pai, compreendi Deus».
Em sua reflexão, o Papa convida cada um a examinar se também temos no coração as duas necessidades do Pai: festejar e alegrar-se.
Festejar
A primeira atitude diz respeito a “manifestar a nossa proximidade a quem se arrepende ou está a caminho, a quem está em crise ou distante”. Agir assim, ajuda a superar o medo e o desânimo que podem advir da recordação dos próprios pecados.
“Quem errou, sente-se muitas vezes censurado pelo próprio coração; distância, indiferença e palavras duras não ajudam. Portanto, segundo o Pai, é preciso oferecer-lhe um acolhimento caloroso, que encoraje a continuar“.
Papa Francisco
Alegrar-se
E depois, de acordo com o Pai, é preciso alegrar-se. O Papa ensina que “quem tem um coração sintonizado com Deus, quando vê o arrependimento de uma pessoa, por mais graves que tenham sido os seus erros, alegra-se. Não fica parado nos erros, não aponta o dedo contra o mal, mas alegra-se com o bem, pois o bem do outro é também meu!”.
Confira a reflexão do Papa na íntegra.
Imagem de capa: Vatican Media