Internado desde o dia 4 de julho no hospital Gemelli, em Roma, por conta de uma cirurgia programada para tratar uma estenose diverticular do cólon, o Papa Francisco refletiu sobre a realidade dos enfermos e a importância da saúde pública.
O Papa participou da oração do Ângelus, no domingo, 11 de julho, da janela do 10º andar da policlínica. E rogou: “rezemos por todos os doentes, especialmente por aqueles em condições mais difíceis: ninguém fique só, cada um possa receber a unção da escuta, da proximidade, da ternura e do cuidado”.
Unção dos enfermos
Agradecido pelos votos que recebeu de todo o mundo, Francisco falou que sentiu a proximidade e o apoio das orações dos fiéis. Voltando-se ao Evangelho de domingo, o qual narra que os discípulos de Jesus, enviados em missão, «ungiam com óleo muitos doentes, curando-os» (Mc 6, 13), o pontífice lembrou do sacramento da Unção dos enfermos, “que dá conforto ao espírito e ao corpo”. Mas este “óleo”, continuou, “é também a escuta, a proximidade, a solicitude, a ternura de quem cuida da pessoa doente: é como uma carícia que faz sentir melhor, acalma a dor e revitaliza”.
Serviço de saúde gratuito
Nesses dias de internação no hospital, Francisco disse que experimentou o quanto é importante um bom serviço de saúde gratuito, acessível a todos, como existe na Itália e em outros países. “Um sistema de saúde gratuito, que garanta um bom serviço acessível a todos. Não se pode perder este bem precioso. É preciso mantê-lo! E para isso é necessário que todos se empenhem, porque serve a todos e pede a contribuição de todos”, afirmou.
O Santo Padre lamentou que às vezes, na Igreja, quando alguma instituição de saúde passa por problemas financeiros, inclusive por má gestão, o primeiro pensamento é vender a estrutura: “Mas a sua vocação na Igreja não é ter dinheiro, mas prestar um serviço e um serviço é sempre gratuito, não se esqueçam, salvar as instituições gratuitas”.
O pedido de oração
Francisco expressou seu apreço e seu encorajamento aos médicos e a todos os agentes de saúde e aos funcionários dos hospitais. E convidou todos a rezarem pelos doentes, lembrando-se especialmente das crianças doentes, umas até que o acompanhavam na sacada do prédio.
“Por que sofrem as crianças é uma pergunta que toca o coração. Acompanhemo-las com a oração e rezemos por todos os doentes, especialmente por aqueles em condições mais difíceis: ninguém fique só, cada um possa receber a unção da escuta, da proximidade, da ternura e do cuidado. E é o que pedimos por intercessão de Maria, nossa Mãe, saúde dos enfermos”
De acordo com o Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé, divulgado nesta segunda-feira, o Papa passou um dia tranquilo e completou o curso pós-operatório. E, para otimizar a terapia médica e de reabilitação, o Santo Padre permanecerá internado por mais alguns dias.
Foto de capa: Vatican Media