O calendário do Serviço à Vida destaca, neste dia 10 de novembro, o Dia do Intensivista, o médico que desempenha tarefas nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). A data foi estabelecida pela Lei 13.119/2015.
A proposta que deu origem à lei destaca o estabelecimento da data como “uma forma de destacarmos a atividade profissional, a dedicação e a importância deste segmento para a nossa sociedade”.
Histórico
A história dessa área da medicina no Brasil remonta à década de 1960, quando uma equipe de profissionais da área da saúde do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo iniciou um trabalho no tratamento de pacientes. Os doentes que estavam sob assistência ventilatória prolongada eram colocados juntos, na sala 4030 do HC, para observação e acompanhamento do quadro evolutivo.
Cirurgiões, residentes e especialistas de diversas áreas analisavam os pacientes. Esse mesmo processo ocorreu em outros hospitais-escola pelo Brasil, como do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Segundo a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), a inspiração para esse trabalho pode ter sua origem no método de atendimento utilizado pela enfermeira Florence Nightingale, em 1984, durante a guerra na Crimeia. Pacientes graves, naquela ocasião, precisavam de cuidados especializados, de acordo com sua condição e por 24h. Florence separou esses pacientes dos demais e conseguiu como resultado uma diminuição no número de mortos de 40% para menos de dez.
A medicina intensiva é uma das mais novas especialidades médicas, tem passado por várias evoluções, segundo as associações médicas, e também tem desempenhado um papel cada vez mais importante para salvar vidas.
Perspectiva da Igreja
Em sua mensagem para o XXX Dia Mundial do Doente, celebrado no dia 11 de fevereiro deste ano, o Papa Francisco recordou os “generosos profissionais” das Unidades de Terapia Intensiva que cuidaram de números enfermos durante o tempo de pandemia.
No mesmo texto, o pontífice se dirige aos profissionais de saúde, motivando a inspirarem-se na misericórdia divina:
“Queridos profissionais da saúde, o vosso serviço junto dos doentes, realizado com amor e competência, ultrapassa os limites da profissão para se tornar uma missão. As vossas mãos que tocam a carne sofredora de Cristo podem ser sinal das mãos misericordiosas do Pai. Permanecei cientes da grande dignidade da vossa profissão e também da responsabilidade que ela acarreta”, afirmou o Papa.
Foto de capa: Mufid Majnun/Unsplash