O uso das mídias digitais foi tema de partilhas na tarde deste sábado, na programação do XVI Congresso Nacional da Pastoral Familiar. O evento ocorre até amanhã, 28, no Centro de Evangelização Angelino Rosa, em Governador Celso Ramos (SC).
O casal Gustavo Huguenin e Fabíola Goulart, que atuam profissionalmente há mais de dez anos com mídias digitais, especialmente na comunicação da Igreja partilhou o conteúdo que foi apresentado no painel que participaram durante o Congresso Teológico Pastoral do X Encontro Mundial das Famílias, em Roma. Eles motivaram uma reflexão se as redes sociais seriam um ambiente para os filhos. Para eles, cada família deve encontrar uma resposta para esta questão, mas apontaram três palavras-chave que se complementam para um caminho de discernimento em família.
Palavras-chave
Identidade, diálogo, e testemunho são as indicações dadas por Fabíola e Gustavo para pensar a realidade das famílias no ambiente digital.
“Saber quem somos e conhecer os valores que carregamos e que não abrimos mão são pontos fundamentais para ter uma vida equilibrada nas redes sociais”, disse Gustavo a respeito da identidade.
Quanto ao diálogo, é importante o aprendizado entre as gerações: “Se as redes sociais são formadas por pessoas, a experiência de vida dos pais pode auxiliar os filhos no discernimento das relações no ambiente digital. Em contrapartida, os filhos podem auxiliar os pais a entender a lógica das redes e incluí-los em sua vida online”.
Já em relação ao testemunho, o casal motivou que a educação para as redes faça com que os filhos sejam uma importante testemunha no mundo de hoje, “que carece de jovens modelos de fé e de uma vida de valores e virtudes cristãs”.
“Se um jovem carrega consigo valores e virtudes em seus perfis online, então ele poderá influenciar outros jovens, sendo ‘influenciadores de Deus’, assim como chamou o Santo Padre na última Jornada Mundial da Juventude do Panamá“, salientaram.
Experiência na família
Alisson e Solange Schila, casados a 19 anos, pais de três filhos, novo casal eleito para a coordenação nacional da Pastoral Familiar, alertaram sobre o uso das redes sociais. Afirmaram que, durante a pandemia, fizeram bom uso das redes sociais com formações e experiências na catequese, onde se utilizaram de co-responsabilidade com os pais para a evangelização e atingir pontos mais distantes.
O casal partilhou a experiência do uso das redes sociais com os três filhos – Caroline (17), Vinicius (13) e Gabriela (6). Para um tempo maior de qualidade nas redes, usam um aplicativo de controle parental para delimitador de uso de tempo e buscam trabalhar a conscientização dos valores.
Outra ferramenta que utilizam para uma experiência positiva dos filhos com as redes sociais é a reflexão do Evangelho do Dia, postada nas redes sociais da CNBB com linguagem acessível. Isso permite que os filhos transportem o Evangelho para o dia a dia, com uma reflexão: como viver esse evangelho do dia no dia a dia de hoje? “Surge assim a cultura do encontro por inteiro com as gerações, prestando e dedicando atenção presencial, como nos recomenda o Papa Francisco”, destacaram.
Concurso
Após as partilhas, padre Crispim Guimarães, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família e secretário executivo da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, anunciou a realização do “Concurso de boas práticas em Família”, nesta primeira edição com o tema “O uso das mídias digitais”. A iniciativa é da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), através do Setor Pré Matrimonial.
Leia o edital e faça sua inscrição: https://vidaefamilia.org.br/boaspraticas/
Colaboração: Maria Aparecida e José Carlos, agentes de comunicação do Regional Oeste 1