Centenas de pessoas se reuniram em Brasília para as atividades da 17ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida, na terça-feira, 11 de junho. A mobilização foi organizada pelo Movimento Brasil Sem Aborto, com o apoio da arquidiocese de Brasília (DF) e de grupos de outras religiões. O Setor Vida e Família da arquidiocese local foi representando por dezenas de agentes e famílias da Pastoral Familiar e de movimentos eclesiais.
Este ano, a marcha foi realizada em conjunto com a 1ª Marcha Distrital da Cidadania pela Vida, as duas com o lema “A marcha pela vida inicia na fecundação”.
As atividades tiveram início com uma missa na catedral Nossa Senhora Aparecida, presidida pelo arcebispo de Brasília, cardeal Paulo Cezar Costa. A celebração estabeleceu o tom do evento, unindo os participantes em oração e reflexão sobre a importância da causa pró-vida. O assessor da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB e secretário executivo da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, padre Rodolfo Chagas Pinho, participou da celebração eucarística.
Após a missa, centenas de pessoas, entre, famílias, jovens e líderes de várias denominações religiosas, caminharam pela Esplanada dos Ministérios em direção ao gramado próximo ao Congresso Nacional.
Faixas, cartazes e balões brancos destacavam a sacralidade da vida humana e a importância de proteção e cuidado desde a concepção.
Já de frente ao Congresso Nacional, autoridades e representantes de movimentos pró-vida revezaram-se em discursos pedindo a aprovação de projetos de lei que protegem o nascituro do aborto e proíbem procedimentos como a assistolia fetal. Este procedimento é a aplicação de cloreto de potássio no coração do bebê já formado quando há a realização do aborto após as 22 semanas de gestação, causando severo sofrimento à criança no ventre da mãe até a morte.
Segundo o padre João Baptista Mezzallira, assessor eclesiástico do Setor Vida e Família da arquidiocese de Brasília, a marcha foi uma manifestação de fé e missão, inspirada pela memória de São Barnabé. Ele destacou que a Marcha pela Vida não só reafirmou o compromisso da comunidade religiosa com a vida, mas também serviu como um lembrete para as autoridades sobre a importância de resistir à “cultura de morte” e promover uma cultura que valorize e proteja a vida em todas as suas fases. A esperança dos organizadores e participantes é que este evento inspire mudanças significativas e traga frutos duradouros para a sociedade brasileira.
A marcha terminou com orações e apelos aos legisladores para que apoiem as propostas em discussão
Marcha Distrital pela Vida
A Marcha Distrital pela Vida foi incluída no calendário de eventos do Distrito Federal pela Lei distrital 7343/2023. Pela norma, o dia da marcha em defesa da vida contra o aborto será celebrado anualmente toda segunda terça-feira do mês de junho. Neste dia, devem ser desenvolvidas atividades com o objetivo de conscientizar a população sobre o respeito à vida humana desde a concepção até a morte natural.
Com informações da arquidiocese de Brasília