O dia dos namorados, em diversas partes do mundo, é celebrado nesta segunda-feira (14), dia em que a Igreja Católica celebra São Valentim. No Brasil, no entanto, a data foi transferida para o dia 12 de junho por motivos comerciais.
Nesta data, a igreja celebra dois santos mártires com o mesmo nome: o padre São Valentim e o bispo São Valentim de Terni. Segundo a tradição da Igreja Católica, os dois viviam no século III e arriscavam a sua vida para unir casais em matrimônio.
O padre São Valentim viveu em Roma no tempo do imperador romano Cláudio II (268-270), que proibiu o casamento dos soldados. Segundo o imperador, se estivessem casados, eles não se arriscavam mais nas batalhas, com a intenção de voltar vivos. Quando Cláudio II soube que o padre casava os jovens noivos em segredo, mandou prendê-lo. Depois de um milagre, o imperador mandou que o padre Valentim fosse açoitado e, na sequência, decapitado.
Já o bispo São Valentim, por volta do fim do século II, era conhecido pelo dom extraordinário do conselho. Ele ficou famoso por conseguir reconciliar inúmeros casais de namorados. Por converter filósofos da época, foi denunciado, preso e julgado pelo imperador Aureliano e decapitado em 14 de fevereiro do ano 273.
Oração a São Valentim de Terni
“São Valentim, que semeastes a bondade, o amor e a paz na Terra, sede meu guia espiritual. Ensinai-me a aceitar os defeitos e as falhas do meu companheiro e ajudai-o a reconhecer as minhas virtudes e vocações. Vós, que compreendeis os que se amam e desejam ver a união abençoada por Cristo, sede nosso advogado, nosso protetor e nosso abençoador. Em nome de Jesus! Amém!”
O que diz a Amoris Laetitia sobre o namoro?
São Valentim e o namoro são lembrados pelo Papa Francisco na Exortação Apostólica Amoris Laetitia (208). O parágrafo fala sobre criatividade pastoral para a preparação para o matrimônio, que deve-se aproveitar os momentos como o dia dos namorados para evidenciar o namoro como um relacionamento pessoal com experiências sentimentais marcantes, em contraposição às experiências físicas.
Os coordenadores nacionais do Setor Pré-Matrimonial da Pastoral Familiar, Alisson e Solange Schila, lembraram quatro dicas do material de Encontro de namorados firmes, da Diocese de Oliveira (MG), que devem ser levados em consideração pelo casal e praticado durante o período do namoro:
- conhecer as características pessoais de cada um: quem sou e quem é a pessoa que está namorando comigo;
- conhecer os gostos pessoais: descobrir o é que cada um gosta de fazer, e também do que é que não gosta;
- conhecer os desejos e aspirações de cada um: o que cada um tem como objetivos no presente momento, e ao decidir namorar, por um impulso talvez alheio a este objetivo, como ter um relacionamento com outra pessoa, e de que forma estes objetivos, estas aspirações serão ou não transformados;
- conhecer os projetos futuros e sobre como cada um poderá fazer parte no projeto do outro, mesclando dois futuros em um só.
“É fundamental privilegiar espaços de diálogo aberto, falar de suas vidas, suas histórias, seus projetos, sentimentos, inseguranças. Revelando-se um ao outro com sinceridade”, destacou Solange. “Quanto mais perto estiverem de Deus, mais próximo estarão um do outro. Nunca deixe de se perguntar para onde e como está indo o seu namoro”, completou Alisson.